Romário está no Qatar e sem medo da guerra, embora já tenha feiro as malas para a eventualidade do conflito começar no vizinho Iraque. O futebolista brasileiro está no pequeno emirado há três semanas depois de ter assinado um contrato milionário com o clube Al Saad.

Numa entrevista publicada no jornal «O Globo», o avançado diz que não tem medo da guerra e que tem rezado todos os dias pela paz, mas também recordou que existe uma cláusula no seu contrato que lhe permite embarcar de imediato para o Brasil caso se confirme o mais que provável início das acções bélicas no Iraque.

Noutra entrevista, publicada no jornal «O Dia», a mãe de Romário diz que também espera pelo regresso do filho assim que a guerra começar. «Disse que ouve os aviões durante a noite e que não o deixam dormir, mas assegurou-me que, em caso de guerra, regressa imediatamente ao Brasil», contou a mãe do veterano jogador.

No final da entrevista ao «Globo» o jornalista perguntou a Romário por que é que exige 20 mil dólares por cada entrevista no Qatar. A resposta foi politicamente correcta: «Tenho uma fundação que cuida de órfãos e é a ela que destino este dinheiro. A fundação cuida de mais de mil crianças no Brasil. Estou muito orgulhoso em poder ajudá-las. Vim de um meio pobre, sei como é», contou.