Aos 36 anos Dirk Kuyt ainda está para as curvas e tem sido uma das figuras da caminha triunfante do Feyenoord na liga holandesa.

O avançado regressou ao país de origem no ano passado depois de vários anos no estrangeiro. Apesar de ter estado três épocas no Fenerbahçe da Turquia, foi na sua longa passagem pelo Liverpool que se notabilizou.

Em entrevista à revista FourFourTwo, Kuyt falou um pouco da sua carreira, incluindo dos tempos em que era uma das vedetas na cidade dos Beatles. Entre as várias histórias houve uma que o marcou, literalmente.

«Jogar naquela final da Liga dos Campeões em 2007 [contra o Milan] foi um feito fantástico, mas ter perdido é uma das minhas maiores desilusões. Não controlámos o jogo o suficiente para fazer sofrer o adversário e eles marcaram dois golos no momento certo. Depois marquei o nosso golo já perto do final, mas foi demasiado tarde, senão podíamos ter feito a reviravolta como em Istambul»

«Para ser honesto, fiquei contente só por estar a disputar aquele jogo, visto que na véspera tive um incidente que quase me retirou do jogo. Quando estávamos na concentração, o plantel quis andar de kart. Eu não alinhei, porque queria curar-me de uma pequena lesão, mas fiquei para ver e escolhi um sítio seguro ao lado do Rafa Benítez», contou, acrescentando:

«Do nada, o Peter Crouch veio em direção a mais de 50km/h. Não conseguia travar. A única coisa que pude fazer foi saltar no ar, e no final consegui saltar por cima do Peter e ele foi contra uns papelões que estavam atrás de mim. Pensei logo que tinha o meu tornozelo desfeito em pedaços e que falharia o jogo da final. Foi incrível a forma como reagi a tempo de saltar por cima dele. A cara do Crouch estava pálida como um morto, teve uma espécie de bloqueio mental. Felizmente tudo correu bem», revelou Kuyt.