Rafael Pérez, pai de um jovem jogador, foi condenado em Espanha a uma pena de nove meses de prisão efetiva por insultos racistas a um árbitro durante um jogo entre crianças de 10 e 11 anos.

«O árbitro pode ser criticado, mas não pode ser insultado. E ainda menos perante crianças, a quem se deve educar, tanto o clube desportivo como os seus próprios pais», considerou o juiz.

O jogo aconteceu em Saragoça, a 28 de janeiro de 2017, e foi dirigido pelo guineense Mamadou Basirou Sow. Durante a partida, Rafael Pérez proferiu vários insultos racistas ao árbitro e acabou até por ser detido pela polícia.

Para além de cumprir uma pena de nove meses de prisão, o pai do jovem jogador terá de pagar uma multa de 1440 euros, terá de indemnizar o árbitro em 500 euros e não poderá exercer funções educativas (sejam elas numa escola ou num clube) junto de jovens pelo período de quatro anos.

O juiz considerou ainda que durante o jogo Rafael Pérez gritou «repetidamente e com óbvio ânimo discriminatório», expressões  profundamente racistas para «humilhá-lo, intimidá-lo, menosprezá-lo e ofender a sua dignidade sem outro motivo que não o facto de pertenecer à raça negra.»