City Ground, Etihad e Goodison Park. Em todos estes estádios ouviram-se cânticos homofóbicos dirigidos aos adeptos do Chelsea, o que motivou a intervenção da Federação inglesa de futebol junto dos clubes.

O organismo decidiu enviar uma carta a lembrar aos clubes que podem ser punidos por comportamento discriminatório.

«Hoje, a FA escreveu formalmente a todos os clubes da Premier League, Championship, National League, Liga feminina e campeonato feminino para lembrar de que podem enfrentar uma acusação formal caso os seus adeptos manifestam um comportamento discriminatório, agora incluindo o termo 'rent boy' [acompanhante homossexual]», lê-se em comunicado.

«A FA informou todos os clubes que o cântico 'rent boy' quebra as nossas regras. Isto aplica-se a todos os adeptos tanto nos jogos em casa como em casa e os clubes a todos os níveis a responsabilidade de garantir que os seus espetadores se comportem adequadamente», acrescenta ainda a FA.

Por sua vez, o Chelsea reagiu à tomada de posição do organismo em comunicado.

«O Chelsea saúda a decisão da FA de classificar como homofóbico o cântico dirigido aos nossos adeptos como uma violação das regras da federação. O cântico 'Rent Boy' é intolerável e não tem lugar no futebol nem em lado nenhum. Os adversários podem enfrentar ações disciplinares se os seus adeptos seguirem este tipo de comportamento discriminatório e ofensivo. Todos os que decidam participar neste cântico devem conhecer as consequências das suas ações. Juntamente com a campanha 'No to Hate', vamos continuar a trabalhar com a FA, com os restantes clubes e com o nosso próprio grupo LGBTQI+ do Chelsea para conseguirmos mudanças positivas. Ainda há muito trabalho a fazer, mas não vamos descansar enquanto todos não se sentirem bem num estádio», pode ler-se na nota divulgada no site dos blubes.

O cântico faz referência ao centro para a comunidade LGBTQ1+ em 1960/70, em Chelsea e ao Earl's Court, local onde homens procuravam acompanhantes.

Na época 2021/22, foram reportados 106 incidentes a envolver a orientação sexual, de acordo com a Sky Sports. Estes dados refletem um aumento em comparação com a época 2018/19, a última antes da pandemia Covid-19.