O treinador do Chelsea, Antonio Conte, não gostou dos comentários de José Mourinho, quinta-feira, na qual o técnico do Manchester United disse que não se comporta «como um palhaço na linha lateral», mas que isso não significa que tenha perdido a paixão. O italiano visou agora o português.

«Acho que ele tem de olhar para ele próprio, no passado, se calhar estava a falar dele antes, não?», questionou Conte, um dos técnicos mais efusivos junto ao banco.

«Se calhar, por vezes, as pessoas esquecem o que disseram no passado, ou os comportamentos que tiveram e, por vezes, sofrem de, não sei o nome, demência senil, quando se esquecem coisas que fizeram antes», acrescentou Conte, referindo-se ao português do United.

Ora, escreve o The Guardian que Conte utilizou italiano para se exprimir e a tradução da expressão é demência senil. No entanto, o Chelsea insiste que o treinador se referia a amnésia. Seja como for, o alvo era o mesmo.

Mais tarde, o técnico mudou de figura: e virou-se para Wenger. O treinador do Arsenal acusou Eden Hazard de simular um penálti no dérbi entre as duas equipas.

«Se Wenger vir o jogo de novo, devia perceber que teve muita sorte com as decisões do árbitro», atirou Conte, que se referiu ainda à final da Taça de Inglaterra, na época passada, entre os dois emblemas londrinos.

Questionado se o irritava que outros técnicos falassem sobre o Chelsea e os jogadores que orienta, o italiano atirou: «É muito estranho, porque eu não gosto de falar de outros treinadores e jogadores. Acho que tem de haver uma forma de respeito e, repito, por vezes, Wenger esquece que nos nossos últimos jogos com o Arsenal terminámos com dez jogadores. Quando venceram a Taça de Inglaterra e a Supertaça, acho que as decisões dos árbitros foram um bocado estranhas, percebem?»