Eva Carneiro deverá recorrer ao tribunal do trabalho, depois de ter falhado o acordo com o Chelsea.

De acordo com a imprensa inglesa, médica e clube londrino terão falhado nas negociações por um acordo e não restará outra solução à responsável do que tentar fazer valer juridicamente o seu ponto de vista, na sequência do afastamento do banco nos jogos da primeira principal dos «Blues», ordenada por José Mourinho.

O mais provável é que, na próxima semana, data em que fecha a janela legal de três meses a que todos os requerentes têm direito, Eva Carneiro peça uma indemnizção de centenas de milhares de libras ao seu antigo clube.

A médica não compareceu durante várias semanas, desde o dia em que ela e o fisioterapeuta Jon Fearn foram «expulsos» do banco do Chelsea por terem entrado em campo sem autorização de Mourinho para tratar Eden Hazard, a 8 de agosto deste ano. No mês passado, desistiu do protesto, voltou ao clube e tentou entrar em acordo a fim de evitar qualquer ação legal.

Carneiro deverá pedir indemnização não apenas por perda de vencimento, mas ainda por alegado abuso verbal e consequentes críticas por parte do treinador português sobre o seu comportamento e o de Fearn.

Mourinho foi ilibado há exatamente um mês pela federação inglesa de abuso de caráter sexual, o que levou Eva Carneiro a um comunicado em que comparou a decisão federativa a outra, por parte do mesmo organismo, em que se recusou a atuar perante o «vil, inaceitável e sexualmente explícito abuso» de que alega ter sido alvo na época passada, no encontro com o West Ham.

O processo não podia chegar em pior altura para José Mourinho, em grave crise de resultados e já afastado da Taça da Liga.