-Robert Huth

 

O conto de fadas que está a ser a temporada do Leicester em Inglaterra tem personagens singulares. Desde logo Claudio Ranieri, o treinador que parecia caminhar em agonia para o final de carreira, com fracasso atrás de fracasso (tinha deixado a seleção grega a meio de uma das piores fases de apuramento de sempre do país), mas reergue-se no mais improvável dos cenários.

 

E, este sábado, contou com a preciosa ajuda de outro renascido. Robert Huth, o alemão de 31 anos que foi suplente no primeiro Chelsea de Mourinho, fez dois dos três golos da vitória sensacional do Leicester no reduto do Manchester City.

 

Em catorze temporadas que soma na Premier League esta é, apenas, a segunda vez que consegue fazer dois golos no mesmo jogo. Aliás, apenas por quatro vezes, já contanto esta, tinha feito mais de um golo…em toda a Liga!

 

O «bis» antes deste aconteceu ao serviço do Stoke City, na época 2010/11, num triunfo por 3-2 frente ao Sunderland. O Stoke perdia 1-2, em casa, quando Huth empatou aos 83 e, em cima dos 90, assinou a reviravolta.

 

Este sábado, com o mundo em suspenso para perceber até onde ia a ousadia do Leicester e acreditar num início de fim de senho, o central alemão puxou dos galões e deu seguimento à ideia: é permitido sonhar.

 

Robert Huth tem três golos esta época

 

-Diego Costa

 

Ainda por Inglaterra, aquele que seria o jogo grande da jornada, o Chelsea-Manchester United, não fosse o ano atípico dos «blues», ficou marcado por um golo tardio de Diego Costa que resgatou um ponto para a sua equipa.

 

Seria a décima derrota dos londrinos no campeonato, mas o internacional espanhol evitou finalizando uma jogada no primeiro minuto de compensação. Foi o nono golo do pecúlio pessoal na Premier League, o terceiro nas últimas quatro jornadas. Ele que, recorde-se, terminou a temporada transata com 20 golos apontados.

 

O golo de Diego Costa fez com que a equipa de Louis Van Gaal perdesse a oportunidade de aproximar-se do rival Manchester City, que, depois de perder com o Leicester, foi superado por Arsenal e Tottenham na tabela.

 

Diego Costa em ação no Chelsea-Man. United

 

-Fernando Torres

 

Há golos mais especiais do que outros e, embora não tenha servido para mais do que dar outro volume à vitória do Atlético Madrid sobre o Eibar (3-1), o tento de Fernando Torres, já perto do fim, foi imensamente festejado. Motivo: foi o golo 100 de «El Niño» com a camisola «colchonera».

 

Torres marcou 91 golos durante a primeira passagem pelo Atlético Madrid, clube onde iniciou a carreira como profissional e que representou ao longo de seis temporadas. Nesta segunda passagem, iniciada a meio da época passada, soma 9 golos, três deles no ano corrente.

 

O avançado ofereceu a camisola, num gesto simbólico, a Manuel Briñas, responsável pela academia do Atlético Madrid, lembrando assim quem lhe abriu as portas do clube quando tinha apenas 10 anos de idade.

 

Briñas, por seu turno, explicou que pretende entregar a camisola ao Museu do clube, por entender que é o local indicado para a mesma. «Foi um pormenor muito especial para mim, mas quero-o partilhar com o resto da família vermelha e branca», explicou.

 

 

 

-Éder

 

Depois de uma passagem frustrante pela Premier League, com 15 jogos e nem um golo para amostra ao serviço do Swansea, Éder reencontrou-se com a sorte na estreia a titular pelo Lille. Mas por pouco tempo.

 

O internacional português foi lançado de início no jogo com o Rennes e abriu o ativo a três minutos do descanso. Um golo que daria, certamente, uma moral acrescida a uma vançado que os busca como pão para a boca. O problema é que a felicidade foi curta.

 

Pouco depois do golo, num lance com o antigo central do Nacional da Madeira Mexer, que fez dupla com o português Pedro Mendes no centro da defesa do Rennes, Éder saiu tocado e já não voltou dos balneários.

 

A somar a isso, o seu Lille permitiu o empate ao Rennes na reta final do encontro, pelo que o que seria uma tarde de sonho não virou pesadelo, mas, pelo menos, deixou um amargo na boca.

 

-Kalidou Koulibaly

 

O Nápoles venceu o Carpi por 1-0, com um penálti de Higuaín, e segue na liderança da Serie A italiana. Mas a nota de maior destaque do jogo foi mesmo a manifestação de apoio ao senegalês Koulibaly, vítima de insultos racistas por parte de adeptos da Lazio, a meio da semana.

 

No jogo que o Nápoles venceu por 2-0, o árbitro chegou mesmo a ter de interromper a partida, por causa dos cânticos vindos das bancadas. A Lazio foi castigada pelo comportamento do público e, este domingo, Koulibaly não foi esquecido pelos seus adeptos.

 

Nas bancadas viram-se milhares de máscaras com a cara do defesa senegalês, além de faixas e cartazes de apoio. Um gesto bonito que marcou o fim de semana em Itália e na Europa.

 

Um estádio com Koulibaly

 

-Luka Modric

 

Só não foi o melhor golo do fim de semana, porque houve um senhor no futsal que fez isto

 

 

Agora que encontramos espaço para o momento mágico que fez a internet explodir no sábado à noite, centremo-nos no que fez Luka Modric em Granada, este domingo. O jogo estava muito complicado para o Real Madrid, que desperdiçara o golo inaugural de Benzema, num lance em que Modric chocou com o árbitro e perdeu oportunidade de o disputar.

 

Mas o mesmo Modric redimiu-se em grade estilo, a cinco minutos do fim, dando a vitória ao Real. Uma bomba de fora da área. Brilhante!