Dia de emoções fortes para José Mourinho que depois de um início de sonho do Chelsea, com dois golos nos primeiros dez minutos, viu o Hull City crescer e empatar, em apenas dois minutos ainda na primeira parte. Valeu o «dedinho» do treinador português na segunda parte para chegar à vitória, com um golo de Rémy, e, assim, conseguir o essencial: os três pontos que permitem manter a vantagem de seis sobre o City.

O início de jogo não podia ser mais perfeito para o Chelsea. Dois minutos, passe de Diego Costa a destacar Hazard e golo do belga. Dez minutos, passe de Cesc Fabregas e remate de ângulo apertado de Diego Costa para o 2-0. Estava feito. Os restantes oitenta minutos podiam ser uma formalidade, mas foram um pesadelo.

Tudo começou numa carga de Andrew Robertson no corredor esquerdo a levar tudo à frente a deixar um lastro de jogadores azuis na sua peugada. O extremo seguiu em frente e cruzou para o segundo poste para Ahmed El Mohamady encostar. 1-2. Bola ao centro e 2-2. Ivanovic e Petr Cech desentenderam-se numa troca de bolas, Abel Hernández meteu-se no meio e atirou a contar. José Mourinho não queria acreditar. Foram os golos mais rápidos marcados pela mesma equipa na atual edição da Premier League: 74 segundos!

Pior do que o empate é que até ao intervalo não houve mais Chelsea e continuou a haver muito Hull. Os de azul continuavam de cabeça perdida, com passes mal medidos, cortes com a mão e uma dificuldade enorme em travar o adversário que ameaçou, por várias vezes, passar para a frente do marcador, com destaque para uma oportunidade perdida por Gaston Ramirez. Os números diziam quase tudo: catorze remates do Hull contra apenas três do Chelsea.
 
Ainda com o jogo a decorrer, José Mourinho levantou-se e desceu ao balneário. Havia muito para dizer. Não houve mudanças no onze, mas os primeiros minutos deixaram claro que a equipa tinha feito um reebootm, estava mais serena e vinha preparada para um novo jogo. Com mais posse de bola e com o jogo novamente controlado, Mourinho trocou Ramires por Oscar, mas logo a seguir Stamford Bridge voltou a tremer por todos os lados com uma três defesas consecutivas de Courtois numa sessão de tiro ao boneco dos avançados do Hull, com a defesa do Chelsea novamente aos papéis.

Mourinho voltou a mexer, desta vez para abdicar de Diego Costa (lesionado?), muito conflituoso em campo, para lançar Loic Rémy e o francês marcou logo a seguir, num dos melhores lances do Chelsea, com a bola a passar por vários jogadores até Willian fazer a assistência final para Rémy que atirou, da zona frontal, por entre as pernas de Allan McGregor. Uma referência especial para o guarda-redes escocês que não fez uma única defesa até esta altura do jogo.

Mourinho tentou fechar o resultado de imediato com a entrada de Zouma para a defesa, abdicando de Willian, mas ainda teve de sofrer até ao apito final, com o Hull a ameaçar o empate. Um dia de emoções fortes, mas o Chelsea acaba por conseguir o essencial.

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