Gianluigi Buffon, lendário guarda-redes italiano de 45 anos, recentemente retirado dos relvados, foi esta segunda-feira apresentado como novo «capo» da seleção italiana.

«Estar aqui faz-me um homem feliz. Volto para um ambiente que penso conhecer bastante bem, volto a casa. Darei um pequeno contributo em todas as dinâmicas que viveremos no futuro», afirmou o novo chefe de delegação da squadra azzurra.

Buffon também prestou homenagem ao falecido Gianluca Vialli, lenda do futebol italiano que desempenhou o cargo, e que faleceu recentemente:  «Não estou aqui para replicar Vialli, não estaria à altura. Serei eu mesmo», sublinhou.

O lendário guarda-redes abordou ainda a nova geração de guarda-redes italianos, elogiando a qualidade atual de nomes como Donnarumma (PSG), Vicario (Tottenham), Provedel (Lazio), Meret (Nápoles), Falcone (Lecce) e Di Gregorio (Monza).

«Nasci e cresci com o mito de Paolo Rossi, de Zoff, da Azzurra de 1982, bem como com as histórias do meu pai. Por isso, para mim, a primeira vez que vi Riva, foi como ver um monumento. Nos últimos três ou quatro anos, o grupo de guarda-redes italianos cresceu muito. Donnarumma consagrou-se, depois Vicario, Provedel, Meret, Falcone e Di Gregorio», disse.

 Relativamente à escolha do sucessor de Roberto Mancini como selecionador, Buffon defendeu que Spalletti «é o homem certo na altura certa». «Sinto que a Itália encontrou o homem certo no momento certo. Com um treinador como este, acredito que terei pouco a dizer», reforçou.

Buffon também abordou a sua retirada, explicando que a decisão foi simples, devido a considerações físicas, e enfatizou que agora só faz o que gosta, recusando-se a realizar um jogo de despedida.

«Cheguei a uma idade que me permitiu considerar esta ideia. Desistir foi fácil, foi o corpo que me disse. Só faço as coisas de que gosto, por isso não fiz nem vou fazer uma ‘corrida’ de despedida», explicou.