O guarda-redes do Milan reagiu aos insultos racistas de que foi alvo durante a partida em Udine, na qual o Milan venceu a Udinese, por 3-2.

Depois do primeiro golo ‘rossonero’, o guarda-redes chamou a atenção do árbitro para os gritos simiescos vindos da bancada e acabou por sair do relvado, sendo seguido pelos colegas de equipa.

A equipa da casa, de resto, fez o mesmo, solidária com o guarda-redes francês.

Depois do jogo, Maignan explicou o que aconteceu.

«Na primeira parte, quando fui buscar a bola atrás da baliza, ouvi os sons a imitar macacos e não disse nada. Depois voltaram a fazê-lo, por isso chamei o quarto árbitro e expliquei o que se tinha passado. Não se pode jogar assim. Não é a primeira vez, temos de dar uma mensagem importante. Um sinal», afirmou.

Maigan disse ainda que não estaria disposto a conversar com os autores dos insultos, pois isso «não serviria de nada». E pediu mão firme da justiça para estes casos.

«Para ajudar todos os jogadores que sofrem tanto como eu, é preciso punir. São pessoas ignorantes, deviam ficar em casa. Os verdadeiros adeptos vão ao estádio para aplaudir, estas coisas não podem acontecer no futebol. Eu não queria voltar, o nosso clube é grande e temos um grande grupo. Todos vieram ter comigo e depois entrámos em campo para ganhar o jogo. A resposta correta era conquistar os três pontos», acrescentou.

Maignan recebeu várias manifestações de apoio, desde logo, do próprio Milan.

E o português Rafael Leão publicou uma foto dos festejos no balneário onde diz que «ainda é melhor ganhar assim», além de ‘gritar’ «DIGAM NÃO AO RACISMO».

Mas não foi só em Itália que surgiram as mensagens solidárias.

Por exemplo, o seu compatriota Kylian Mbappé, do Paris Saint-Germain, publicou uma mensagem onde garante que Maignan está «muito longe de estar sozinho».

«Estamos todos contigo. Ainda temos os mesmos problemas e ainda SEM solução. Já é suficiente! Não ao Racismo», escreveu o capitão do PSG.