Aos 35 anos, Patrice Evra diz que está a amadurecer «como uma garrafa de bom vinho» e aponta como objetivo voltar a vencer a Liga dos Campeões.

«Sinto-me muito bem. Começo a ver-me como uma garrafa de um bom vinho, percebem? Quanto mais velho fico, melhor o sabor. Sou um competidor nato e quero jogar até as minhas pernas não poderem mais. Quando vir que o meu nível está a decrescer, retiro-me. Sou honesto comigo mesmo, mas para já continuo a divertir-me em campo. Adoro correr. Jogo cada jogo como se fosse o meu último», disse o lateral da Juventus em entrevista à UEFA.

O objetivo é vencer a Liga dos Campeões. «Já estive em cinco finais, mas só ganhei uma – com o Manchester United, em 2008. Perdi três contra o Barcelona. Se não fosse o Barcelona podia ter vencido quatro», disse.

«É a competição mais bela que há, é especial para mim. Sempre que escuto o hino sinto algo de especial. Continua a ser assim, apesar de já ter 35 anos. Serei apaixonado pela Champions League durante toda a minha vida», frisou o jogador, que quer o título também para um companheiro de equipa.

«Fiquei surpreendido quando constatei que o Gianluigi Buffon nunca tinha conquistado esta competição. Ele merece. Quando aqui cheguei só conhecia o Gigi Buffon pelos jogos que tinha visto, mas quando se treina ao lado dele pensa-se: 'Bem, que jogador'. Quanto mais velho ele fica, melhor se torna. Penso que é capaz de fazer agora algumas defesas que não conseguia fazer quando tinha 18 anos».

Evra não pensa em arrumar as botas tão cedo e tem em quem se inspirar para isso. «Os meus modelos são Paolo Maldini e Javier Zanetti, que jogaram até aos 40 anos. E Ryan Giggs também. Lembro-me de o Ryan Giggs me dizer, quando tinha 37 anos, que aquele estava a ser um dos seus melhores anos. Perguntei-lhe porquê. Ele respondeu-me: 'Parece tudo muito fácil.' Depois dos jogos, ele não se sentia cansado – e é mesmo assim. Quando tinha 20 anos jogava muitos jogos e sentia-me bastante cansado depois de os terminar. Mas agora, porque jogo mais com a cabeça, após os jogos sinto-me bem, apesar de na Juventus trabalharmos sempre muito». E adiantou: «Só espero que os 37 também sejam um dos meus melhores anos».