O futebol italiano voltou esta sexta-feira com um jogo de gala, mas Juventus e Milan não foram além de um nulo, em Turim, em jogo da segunda mão da Taça de Itália. Um empate que serviu à equipa de Cristiano Ronaldo que, apesar de ter desperdiçado uma grande penalidade, garantiu a qualificação para a final, marcada para dia 17, fazendo valer o empate com golos em San Siro (1-1) de fevereiro passado.

Três meses depois da pandemia ter parado o calcio, a bola voltou a rolar no Estádio da Juventus, num jogo que chegou a ter momentos entretidos, mas muitos outros de bocejo, com boa parte dos jogadores longe da melhor forma física. A Juventus controlou boa parte do jogo, até porque ficou cedo em vantagem numérica, com Rebic expulso pouco depois dos quinze minutos de jogo.

O jogo fica marcado por uma grande penalidade desperdiçada por Cristiano Ronaldo. Conti, numa disputa de bola com o internacional português, acabou por tocar na bola com o cotovelo. O árbitro foi alertado pelo VAR, foi consultar as imagens e apontou mesmo para a marca de grande penalidade. Na marcação do castigo máximo, Ronaldo atirou forte e colocado, mas a bola bateu com estrondo no poste e voltou ao jogo.

Na sequência do mesmo lance, Danilo tentou recuperar a bola, mas sofreu uma entrada duríssima de Rebic que viu cartão vermelho direto. A Juventus, com vantagem na eliminatória, ficava também em vantagem numérica. Talvez por isso, não carregou muito no acelerador e, até ao intervalo, destaque apenas para um remate à queima-roupa de Matuidi que obrigou Donarumma a uma defesa por instinto.

No início da segunda parte, a Juventus tentou fixar o jogo junto à área do Milan, com uma pressão alta, mas por pouco tempo. Os visitantes sustiveram os primeiros raids do adversário e, aos poucos, foram afastando a bola da sua área. A Juventus começava a acusar desgaste físico e depois também demorou a assimilar as substituições que Sarri foi fazendo. O Milan teve poucas oportunidades, mas também podia ter marcado, aos 50 minutos, com uma cabeçada de Çalhanoglu a cruzamento de Paqueta.

A Juventus foi recuando no campo e ainda deu alguma esperança ao Milan que estava obrigado a marcar, pelo menos um golo. Rafael Leão ainda foi a jogo, numa altura em que a Juventus voltava a crescer, com mais posse de bola. Dybala, com um forte remate, obrigou Donnarumma a mais uma grande defesa, mas o jogo acabou mesmo sem golos.

Cristiano Ronaldo desperdiçou uma oportunidade soberana esta noite, mas é preciso recordar que foi o internacional português que marcou o golo, em tempo de compensação, em San Siro que permite à Juventus seguir para a final.

A vechia signora vai agora aguardar pelo resultado deste sábado entre o Nápoles e o Inter [Nápoles venceu primeiro jogo por 1-0] para saber quem vai defrontar na final que está marcada já para a próxima quarta-feira, ainda antes do regresso da Série A.