Apesar de estar a trabalhar em Inglaterra, Pep Guardiola não consegue passar indiferente ao clima de tensão política na Catalunha desde o referendo de outubro para a independência da região.

Nesta segunda-feira, na antevisão da partida com o Feyenoord para a Liga dos Campeões, o treinador do Manchester City voltou a apresentar-se em público com um laço amarelo ao peito, num sinal de solidariedade para com Jordi Cuixart e Jorgi Sanchez, presidentes de grupos políticos pró-independentistas que estão detidos sob as acusações de rebelião e desfalque.

«Desejo que os Jordis e o resto dos políticos possam sair, voltar para junto das suas famílias e viver a vida que merecem. Toda a gente sabe por que razão tenho o laço amarelo e espero que mais tarde ou mais cedo deixe de usá-lo. Se há uns dias já estavam há muito tempo detidos, imaginem o tempo que levam agora.»

Depois do desabafo, Guardiola abordou o duelo desta terça-feira com a equipa holandesa. Recorde-se que os Citizens chegam a este jogo já apurados para os oitavos de final e com uma sequência impressionante de 16 (!) triunfos consecutivos. Um registo impressionante que Pep relativizou. «Pensar que já está feito não nos leva a lado nenhum, mas os elogios são bem-vindos e estou muito agradecido. Favoritos a ganhar a Liga dos Campeões? Para uma equipa como o Manchester City, que não tem uma grande história, é uma grande honra que digam isso. Mas isso não significa que somos favoritos. É bom e significa que estamos a fazer bem as coisas. [Mas] Ainda temos uma história por construir.»