FC Porto e Bayern Munique vão reeditar a final da Taça dos Campeões Europeus de 1987 que, na altura, caiu para o lado azul e branco com o inesquecível calcanhar mágico de Rabah Madjer sublinhado, logo depois, por Juary.

Repetir a inesquecível noite de Viena, que culminou com a primeira grande conquista internacional dos azuis e brancos, estará, seguramente, na mente da formação orientada por Julen Lopetegui, embora com a consciência de que, tal como há quase 30 anos, o favoritismo pende para o lado germânico.

O poderio bávaro ficou bem patente na segunda mão dos oitavos de final da prova milionária, onde a equipa construída por Pep Guardiola atropelou os ucranianos do Shakhtar Donetsk por 7-0, equipa que, curiosamente, os dragões não conseguiram derrotar nas duas oportunidades em que mediram forças na fase de grupos.

Como se tudo isso não fosse suficiente, o Bayern de Munique é, ainda, uma das equipas com maior tradição na prova de clubes mais importante da UEFA, tendo já festejado a conquista do troféu em cinco ocasiões (1973/74, 1974,75, 1975,76, 2001/02 e 2012/2013), perdendo apenas neste ranking para Real Madrid (10) e Milan (7).

Uma equipa egoísta construída para a Champions

A porta da qualificação para as meias-finais da Liga dos Campeões está longe de estar fechada para os azuis e brancos, até porque nenhum jogo está perdido à partida. No entanto, em abono da verdade, a missão de Jackson e companhia é das mais duras que se podiam cruzar no destino do único representante português em prova.

O Bayern Munique compete na Bundesliga, mas parece disputar uma competição à parte, tal é a diferença para os mais diretos perseguidores. Disputadas 25 jornadas, a equipa de Pep Guardiola ocupa a liderança isolada da Liga Alemã sentada numa confortável vantagem de 11 pontos para o segundo classificado Wolfsburg, equipa que, curiosamente, eliminou o Sporting da Liga Europa e que impôs a única derrota dos bávaros (1-4) na presente edição do campeonato alemão.

Nas competições europeias, o campeão germânico já disputou oito partidas, registando seis vitórias, um empate (0-0 na Ucrânia frente ao Shakhtar) e uma derrota (2-3 na visita ao Manchester City), sendo, por esta altura, o melhor ataque (23 Golos marcados) e uma das melhores defesas da Liga dos Campeões a par de Monaco e Atlético de Madrid (4 golos sofridos).

Outro problema que afetará, seguramente, o FC Porto será a procura pela bola. Os alemães são egoístas e não gostam de partilhar a posse do esférico seja com que adversário for. O processo de jogo dos alemães assenta numa pressão constante pela conquista da bola para, posteriormente, passarem à base do encantamento com triangulações rápidas que, invariavelmente, terminam com a intervenção dos homens dos corredores: Robben e Ribery.

11 apresentado por Guardiola na Liga dos Campeões diante do Shakhtar (7-0)




Plantel do Bayern Munique:

Guarda-redes
Manuel Neuer (Alemanha)
Tom Starke (Alemanha)
Pepe Reina (Espanha)
 
Defesas
Dante (Brasil)
Mehdi Benatia (Marrocos)
Rafinha (Brasil)
Jérôme Boateng (Alemanha)
Juan Bernat (Espanha)
Philipp Lahm (Alemanha)
David Alaba (Áustria)
Holger Badstuber (Alemanha)
 
Médios
Xabi Alonso (Espanha)
Thiago Alcântara (Espanhol)
Javi Martínez (Espanhol)
Gianluca Gaudino (Alemanha)
Mario Götze (Alemanha)
Sebastian Rode (Alemanha)
Mitchell Weiser (Alemanha)
Bastian Schweinsteiger (Alemanha)
 
Avançados
Robert Lewandowski (Polónia)
Franck Ribéry (França)
Arjen Robben (Holanda)
Claudio Pizarro (Peru)
Sinan Kurt (Alemanha)
Thomas Müller (Alemanha)