O Ministério das Finanças espanhol anunciou, esta sexta-feira, uma mudança nas regras das cláusulas de rescisão de futebolistas, que pode revolucionar por completo o mercado de transferências: a lei até aqui em vigor ditava que bater uma cláusula de rescisão estava sujeito a uma taxa de 48 por cento em IRS, mas, a partir desta sexta-feira, esse imposto desaparece.

De acordo com a regra anterior, um clube que pagasse uma cláusula estabelecida nos 100 milhões de euros, por exemplo, na prática acabava por desembolsar 148 milhões.

Isto porque, formalmente, só um jogador pode romper o contrato, tendo de ser o próprio a indemnizar o clube. O dinheiro era, no entanto, transferido pelo clube interessado para o atleta e o fisco taxava esse valor como rendimento (48 por cento de IRS).

Tendo em conta que as transações normais entre clubes estão sujeitas a 21 por cento de IVA, pagar a cláusula de rescisão fica, a partir de agora, mais em conta do que negociar o valor do passe por números ligeiramente inferiores.

Se a cláusula de um atleta estiver fixada nos 100 milhões, esse será sempre o valor da transação, uma vez que já não existe qualquer imposto. Por outro lado, negociar esse mesmo passe por 95 milhões terá o custa final de 114,95 milhões, devido ao imposto de valor acrescentado.