O Chelsea qualificou-se esta terça-feira para a final da Taça da Liga inglesa ao bater o Liverpool em Stamford Bridge com um golo de Ivanovic no prolongamento, ficando agora à espera do vencedor da outra meia-final entre o Sheffiled Wednesday e o Tottenham. Uma vitória importante para José Mourinho na mesma semana em que foi eliminado da Taça de Inglaterra pelo modesto Brandford.

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Foi preciso esperar pelo início do prolongamento, pelo minuto 94, para desfazer o empate que já se arrastava desde o jogo da primeira mão (1-1), em Anfield. Num lance de bola parada, Willian colocou a bola na área e Ivanovic saltou mais alto do que toda a gente para cabecear para as redes de Mignolet. Um golo que José Mourinho não viu, uma vez que estava de costas para o lance a discutir com o quarto árbitro.

Um golo decisivo no culminar de noventa minutos intensos, mas sem golos. O Chelsea procurou desde cedo assumir as rédeas do jogo diante de um Liverpool que defendia bem à frente e não cedia espaços. Uma primeira parte muito intensa, com os Blues mais perto do golo, mas sempre com boa réplica dos Reds. Uma primeira parte polémica com a equipa londrina a reclamar duas grandes penalidades por alegadas faltas sobre Diego Costa, mas também com o Liverpool a pedir cartões para o avançado espanhol por ter pisado dois adversários.



O Liverpool conseguiu manter o equilíbrio nos primeiros minutos, com uma pressão alta, mas começou a ceder diante das iniciativas individuais de Hazard que conseguia furar o bloqueio vermelho e levar o ataque dos azuis até perto da área de Mignolet. O primeiro caso do jogo surgiu ao minuto 23, quando Martin Skrtel parece fazer alta sobre Diego Costa na área, mas o árbitro nada assinalou. O Liverpool também podia ter marcado logo a seguir, num grande passe de Gerrard a destacar Alberto Moreno na área, mas o espanhol permitiu a defesa de Courtois. O Liverpool crescia também pelas iniciativas de Philippe Coutinho, num jogo que começava a ficar partido, com parada e resposta.



No início da segunda parte, o Chelsea conquistou o seu segundo pontapé de canto, o que diz bem da forma como o Liverpool conseguia defender longe da sua área. O jogo seguiu intenso, com muitos choques, com destaque para um desentendimento entre Martin Skrtel e Diego Costa. O Chelsea aumentou a velocidade à procura de desequilíbrios, mas sempre que furava a muralha vermelha, deparava-se com um Simon Mignolet inspirado entre os postes, com destaque para uma defesa com os pés a uma bomba de Diego Costa.

O jogo chegou num ápice ao final dos noventa minutos e, a partir deste momento, o Chelsea estava automaticamente em vantagem, uma vez que, segundo os regulamentos desta competição, os golos fora são entram na equação no prolongamento. A partir daqui o Liverpool estava obrigado a ganhar, mas, como dissemos logo a abrir, foi o Chelsea que marcou. O tal golo que Mourinho não viu. No final do prolongamento, o treinador português deu asas à sua alegria. O Chelsea está pela sétima vez na final da Taça da Liga, mas a última foi há sete anos.