O City sai de Old Trafford mais líder da liga inglesa, graças ao triunfo sobre o vizinho United, de Mourinho (1-2). O jogo ficou decidido no reatamento com um golo de Otamendi, após um final eletrizante de primeira parte, com os golos de David Silva e Rashford.

O jogo não deixará a melhor das memórias aos «Red Devils», quase sempre sucumbidos pelo poderio do City na posse de bola e no ocupar de espaços. Mais equilíbrio, só mesmo na última meia hora.

Mas quem não quererá mesmo lembrar o encontro será Lukaku. Foi secado no ataque e está ligado, pela negativa, às duas bolas paradas dos golos dos «citizens».

Os 75 por cento de posse de bola ao intervalo do City espelharam a primeira parte de supremacia dos homens de Guardiola.

A intensidade, impressionante. O domínio imposto no meio campo contrário, idem. O United de Mourinho, a quem lhe é reconhecida a coesão na defesa – ou não fosse à partida para o jogo a menos batida – foi aguentado as investidas em catadupa do rival.

Sterling e Gabriel Jesus deixaram os primeiros avisos, De Gea segurou tranquilamente. Isto antes do rebuliço perto do descanso.

Após grande defesa de De Gea a Sané, Otamendi ganhou no ar a Lukaku, a canto de De Bruyne. E David Silva tratou do resto: foi mais rápido que o compatriota De Gea e desviou para desatar o nulo.

O United, que até então nem um remate à baliza contava, tentou por Martial. E empatou a seguir, no terceiro de quatro minutos de compensação. Delph falhou o corte numa bola colocada na área e Rashford bateu Ederson: 1-1 no marcador, emoção total e tudo igual para o segundo tempo.

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Aí, o golo de Otamendi, aos 54 minutos, gelou Old Trafford e deu mais conforto a um City superior em qualquer circunstância do jogo.

O livre de David Silva encontrou no pé direito de Lukaku um corte deficiente para as costas de Smalling e o central argentino foi mais rápido e desviou perante De Gea. Quase uma fotocópia do 0-1.

Depois, De Bruyne esteve perto do terceiro: De Gea respondeu com enorme defesa. Mourinho, a ver o tempo escassear, colocou Ibrahimovic e Mata, já depois da entrada forçada de Lindelof por Rojo.

E Mou até acertara nas entradas. Não fosse Ederson, com dupla grande defesa, negar o golo a Lukaku e a Mata, após uma jogada sublime iniciada pelo espanhol e por Ibra, com Martial à mistura.

Na compensação, o City geriu a vantagem ao ataque e não fosse a displicência de Bernardo Silva, recém-entrado, os azuis de Manchester sairiam com maior vantagem.

O City ganha um dérbi com muitos erros - visíveis nos golos - e aumenta para 11 os pontos de vantagem para o United, que é segundo. Guardiola ultrapassa Mourinho e dá um passo importante na luta pelo título.