Silvestre Varela demorou a aparecer no West Albion Bromwich depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica na virilha, devido a uma hérnia inguinal, em outubro, mas começa agora a recolher os primeiros elogios em Inglaterra. A começar pelo seu treinador, Alan Irvine, que, em declarações ao site do clube, enumerou as qualidades e defeitos do extremo emprestado pelo FC Porto.

«Temos de encorajar jogadores como o Silvestre. Quando chegou disse que queria entusiasmar as pessoas, que foi para isso que chegou a esta equipa. Tenho de aceitar que, de cada vez que vai para o campo, ele não está sempre a trabalhar. Por isso temos de o apoiar quando não trabalha e temos de o aplaudir quando o faz», destacou Irvine.

Varela fez primeiro jogo como titular em Inglaterra

Varela até tinha arrancado boas exibições em setembro, mas depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica desapareceu, mesmo depois de estar totalmente recuperado. «Durante várias semanas não fazia nada nos treinos. Não conseguia superar ninguém, nem fugir de ninguém. Agora já conseguimos ver parte do seu aspeto explosivo. Não é um Gareth Bale, que toca e foge, ou um Oxlade Chamberlain, que usaria aquela velocidade estonteante. Ele é alguém que tem de te enganar, mas também tem de ser explosivo», prosseguiu o treinador do WBA.

Uma capacidade de explosão que Varela só agora começou a evidenciar. «Antes ele não conseguia escapar, agora começa a consegui-lo, o suficiente para chegar à linha e cruzar, para conseguir chegar a uma posição de tiro e rematar. Essa é a parte mais difícil, o facto explosão. Podes colocá-lo em forma para correr e correr, mas esse aspeto explosivo é a parte mais difícil», destacou o treinador que, nos seus tempos de jogador, também foi extremo. «Fui extremo, adoro extremos. Se me disserem para colocar em campo a minha equipa favorita, iria colocar sempre dois extremos, jogadores que podem entusiasmar os adeptos», acrescentou ainda Alan Irvine.