Marco Asensio não trocaria o Real Madrid por dinheiro nenhum. O maiorquino que tem como ídolo o conterrâneo Rafael Nadal assumiu isso mesmo em entrevista ao ABC, no qual afirmou que os adversários devem preocupar-se com Cristiano Ronaldo devido ao castigo imposto ao internacional português.

Depois de garantir que está bastante tranquilo com os elogios que tem recebido e que não pensa «nem por um segundo» nesse assunto, Asensio foi questionado sobre o PSG.

A pergunta, em alusão ao negócio Neymar, não podia ter sido mais direta. «Quanto dinheiro deveria oferecer-lhe o PSG para ir jogar por eles? Parece que lhes sobra dinheiro.»

A resposta também o mais clara possível. Asensio riu e atirou. «Obrigado, mas não.»

O maiorquino explicou que está bem no Real Madrid, no qual há uma grande competitividade. «Aqui tem de se ganhar sempre, inclusive nos treinos. E não se consegue ganhar todos os treinos porque são todos jogadores gigantescos», disse.

Aliás, Marco Asensio comparte da ideia de que um 11x11 dentro do plantel podia ser a final da Liga dos Campeões: «Podia perfeitamente, esta equipa é espetacular, cada dia se aprende alguma coisa. Pressionar Karim [Benzema] ou Isco, tentar passar Sergio Ramos ou Dani Carvajal, receber um passe de Marcelo…Quando no final do dia pensas nestas coisas percebes que aprendeste muitas coisas e que não há limites. Pelo menos junto a estes craques.»

Na entrevista, Asensio também reflete sobre o seu crescimento como jogador. «Há algo que nunca se perde, há um futebol que se aprende e outro com que se nasce», começou por argumentar.

«Esse é o futebol natural, como a cor da pele ou dos olhos. É sobre esse futebol que vais construindo o teu jogo. E ele está sempre em construção», afirmou.

Quando questionado sobre se o campeonato vai ser ganho pelo Real Madrid ou «pela equipa de Messi», Asensio retorquiu que «duvidar da força do Barcelona é não perceber nada de futebol».

O maiorquino falou também dos ídolos, com o conterrâneo Rafael Nadal à cabeça. Referiu que gostava de Michael Laudrup, mas que a sua referência sempre foi o homem que o treina agora, Zinedine Zidane. «E não é por ser meu treinador», acrescentou.

Quanto aos colegas frisou o papel de Sergio Ramos e dos outros dois capitães de equipa. «É o grande capitão, o grande amigo de todos, um génio. Se não existisse, tínhamos de inventá-lo. E Marcelo. Temos a ideia da imagem de Marcelo com um grande sorriso. Mas ele é muito mais do que isso. É um capitão com maiúsculas.»

O terceiro na hierarquia da braçadeira é Cristiano Ronaldo: «É um fenómeno, uma das pessoas mais fortes que conheci e que ninguém o esqueça.»

Asensio declarou que o castigo de cinco jogos ao internacional português «é uma sanção para ele para todo o grupo» do Real Madrid.

«Mas cuidado com o Cris, porque quando está ferido ainda fica mais forte», concluiu.