Foram várias as histórias da maratona de Boston que chegaram muito rapidamente a todo o mundo e que se multiplicaram, sobretudo, através das redes sociais.

Uma delas, a de Martin, o menino de oito anos que teria abraçado o pai antes de cortar a meta, sabe-se agora que, apesar de Martin ter, de facto, morrido, que os pormenores são diferentes: a criança estava com a irmã e os pais a assistir à maratona.

À Fox News, um vizinho da família contou que o pai de Martin, habitual corredor, estava lesionado e que, por isso, não correu a maratona. Antes da prova, a família tinha ido comer gelados e dirigiram-se depois para a linha da meta. Martin morreu na sequência das explosões, enquanto a mãe e a irmã ficaram feridas.

Martin foi a única criança morta no atentado, mas uma outra vítima menor correu as redes sociais. Uma menina, também com oito anos, mas cuja fotografia era de uma maratona de solidariedade realizada em Washington.

Numa outra imagem divulgada, a legenda dizia que um jovem preparava-se para pedir a namorada em casamento logo a seguir à maratona mas que ela não tinha resistido às explosões. Afinal, a rapariga estava apenas ferida e o namorado tentava acalmá-la.

A solidariedade corre tão rápido como as emoções. 50 mil utilizadores do Twitter acreditaram que cada retweet da mensagem da conta BostonMaraton valeria um euro para as vítimas do ataque. A conta foi desmascarada e logo encerrada.

Encerradas estiveram também as redes de telemóveis logo a seguir à segunda explosão. Nisto acreditaram os norte-americanos, que nos momentos a seguir ao ataque não conseguiram fazer chamadas. Acreditaram que a rede tinha sido desligada pelas autoridades para evitar uma terceira explosão detonada por telemóvel. Mas as redes estiveram congestionadas devido à utilização massiva dos serviços.

Para lá das teorias da conspiração, fica a verdade: três pessoas morreram e 176 ficaram feridas, com 17 vítimas em estado grave.