Óscar e Carlos Tévez são apenas os nomes mais recentes que podem reforçar, em breve, à lista de jogadores que rumaram à China nas últimas épocas. A tendência está a gerar a atenção local e esta sexta-feira o jornal oficial do Partido Comunista Chinês alerta: está a gerar-se uma «bolha» na indústria futebolística do país.

Controlar a «obsessão» com transferências milionárias é o alerta deixado pelo Diário do Povo, a bem da estabilidade dos clubes a longo prazo. Só este ano, os gastos de clubes e empresas já superaram os mil milhões de euros. Destes, 400 milhões foram investidos na contratação de jogadores estrangeiros. Um valor três vezes maior face a 2015 e que, segundo o jornal, «excede em muito a valorização que trouxe ao campeonato».

Fraco aumento nas receitas de bilheteira e produtos de merchandising, gastos exorbitantes na aquisição de direitos de transmissão e participações milionárias das empresas chinesas em clubes europeus têm despoletado esta «bolha» no maior país asiático. Tudo fruto da ambição do presidente chinês, Xi Jinping, em colocar a seleção chinesa no topo do futebol mundial.

Jackson Martinez, Hulk e Guarín (todos antigos jogadores do FC Porto) ou Ramires, que já esteve no Benfica, são alguns dos nomes que rumaram à China desde janeiro.

Entre as empresas chinesas, a firma Suning - detentora de 70 por cento dos italianos do Inter de Milão – comprou os direitos de transmissão da Premier League para a China por um período de três anos por 620 milhões de euros.

Portugal também já é mercado para as hostes daquele país. A II Liga é, desde o ano passado, patrocinada pela Ledman, empresa com sede no sul do país, em Shenzhen.