Guardiola
O seu impacto no futebol internacional é tão forte que se torna incrível enquadrá-lo numa carreira com menos de oito anos. Apenas oito anos, incluindo um sabático, ao longo dos quais já conquistou 20 troféus se contarmos – como ele próprio faz questão – a conquista da III divisão espanhola, na estreia pelo Barcelona B. O mais recente desses troféus chegou neste domingo, apanhando-o no sofá: a derrota do Wolfsburgo em Moenchengladbach valeu o 25º título de campeão ao Bayern, a quatro jornadas do fim. Para Guardiola é o bicampeonato alemão, em duas épocas de Bundesliga. Mas, com uma vaga na final da Taça por decidir diante do Dortmund, falta-lhe ainda o desafio mais difícil: levar novamente os bávaros à final da Liga dos Campeões, tendo para tal de passar por cima do «seu» Barcelona.


Mourinho
E vão 13! 13 confrontos diretos com Arsène Wenger, sem que o francês tenha uma única vitória do seu lado. O empate sem golos deste domingo, no Emirates, teve sabor a vitória para o Chelsea, apesar das críticas ao árbitro Michael Oliver, em três lances polémicos na área dos «gunners», com destaque para esta entrada do guarda-redes Ospina sobre o brasileiro Oscar:



Com dez pontos de vantagem sobre os perseguidores, a cinco jornadas do fim, os «blues», que já conquistaram a Taça da Liga, podem festejar o título no próximo domingo, quando receberem o Crystal Palace, em Stamford Bridge. Para Mourinho, depois de dois anos invulgarmente secos de troféus – apenas uma Supertaça de Espanha – esta temporada marca o fim da travessia do deserto: o terceiro título de campeão em cinco temporadas completas na Premier League está aí mesmo ao virar da esquina.


Chicharito Hernandez
Relegado para o esquecimento em Old Trafford e nos primeiros meses no Bernabéu, está a aproveitar a ausência forçada de Benzema para recordar ao público de todo o mundo que as notícias sobre o final da sua carreira foram francamente exageradas. Os avançados vivem de ciclos assim: depois de uma série em que a bola parecia nada querer com ele, soma quatro golos e duas assistências nos últimos quatro jogos. Depois de ter aproveitado um «caviar» de Cristiano Ronaldo para marcar o golo que pôs o Real nas meias-finais da Champions, neste domingo bisou em Vigo e foi determinante para a reviravolta da equipa de Ancelotti, que assim mantém o atraso para o Barcelona estabilizado em dois pontos. Isto numa altura em que Cristiano Ronaldo – que dá sinais de algum desgaste físico - trocou o fulgor goleador pelas assistências.


Xavi

Os anos passam, e vai ficando cada vez mais distante o tempo em que era a figura central na máquina de jogar futebol idealizada por Pep Guardiola no Barcelona. Mas, aos 35 anos, aquele que foi, muito provavelmente, o melhor médio da última década, continua a ser um modelo a todos os níveis: na inteligência, na serenidade e na lucidez com que se adapta ao novo estatuto, que o obriga a conviver com o banco de suplentes com alguma frequência. Quando entrou para o lugar de Iniesta, a dois minutos do fim do dérbi com o Espanhol, a ovação que escutou – repartida com o colega de equipa, muito apreciado pelos adeptos do rival – foi um justo tributo ao belo número que tinha acabado de atingir: 500 jogos oficiais na Liga, ao longo de 16 anos, com a camisola do seu clube de sempre.
 


Cavani
A eliminação claríssima diante do Barcelona mostrou que o PSG ainda não está no primeiro patamar das potências europeias e deixou os homens de Laurent Blanc ainda mais obrigados a vencer nas frentes internas. Numa altura em que a suspensão de Ibrahimovic poderia fazer tremer os parisienses, coube ao uruguaio, cuja permanência em Paris para a próxima época é, nesta altura, francamente duvidosa, liderar o ataque na exibição mais convincente da temporada. Dois golos e uma assistência, na goleada por 6-1 diante do Lille, e mais um punhado de pormenores de classe, reforçaram a sua cotação de mercado, numa tarde em que Lavezzi também marcou a triplicar.


Marcelo Bielsa
A quarta derrota consecutiva do Marselha, para mais sofrendo cinco golos perante os seus adeptos, é o ponto mais baixo na degradação de um projeto quase integralmente assente no carisma do técnico argentino. A verdade é que, por esta altura, a sua é uma equipa à deriva, que demonstra cada vez menos união em torno das ideias do líder. Quem aprecia Bielsa não deixará de fazê-lo agora, apesar de tantas vezes os resultados não acompanharem o brilho com que expõe e aplica os seus princípios. O final da temporada anuncia-se difícil para uma equipa que, depois de ter estado várias semanas na frente da Ligue 1, se arrisca a chegar ao fim do campeonato fora dos lugares europeus.


Nélson Oliveira
Uma média inferior a um golo a cada sete jogos não é cartão de visita especialmente recomendável para um avançado. Se a isso juntarmos um jejum de mais de um ano sem marcar - o seu último golo datava de março do ano passado, no Rennes - percebemos todo o alívio por detrás das palavras do internacional português, depois da estreia a marcar pelo Swansea, na Premier League e do grande contributo para a vitória dos galeses em Newcastle. A verdade é que Nélson Oliveira – que aos 23 anos já passou por três das principais Ligas europeias - já mostrou qualidades suficientes para fazer com que continuemos a acreditar no seu potencial. Mas vai precisar que tardes como a deste sábado aconteçam com mais regularidade.


Quagliarella
Numa tarde que até começou com Pirlo a marcar um golo «à Pirlo»



o internacional italiano Quagliarella foi o autor do golo que permitiu ao Torino matar um borrego com 20 anos e vencer a Juventus (2-1) no dérbi de Turim, algo que não conseguia desde a época 1994/95. Além de dar tradução a uma rivalidade histórica, adormecida nas últimas décadas por força da evidente supremacia da vecchia signora nos últimos o triunfo do Torino permite à equipa grená manter alguma ambição de terminar a época nos lugares europeus, aproveitamento a crise dos históricos de Milão e os tropeções de Fiorentina e Sampdoria neste fim de semana. Quanto à Juventus, esta derrota representa apenas um ligeiro adiamento na confirmação de um título anunciado, numa tarde marcada por incidentes nas bancadas, com o rebentamento de um engenho pirotécnico, e ainda com atos de vandalismo no autocarro da Juventus.