O antigo futebolista Franz Beckenbauer, que presidiu ao Comité Organizador do Mundial-2006, voltou este sábado a negar que a atribuição da prova à Alemanha tenha sido obtida com subornos.

No início de fevereiro, a Federação Alemã de Futebol (DFB) reclamou 6,7 milhões de euros a Fedor Radmann, antigo vice-presidente do organismo e um dos responsáveis do Comité Organizador do Mundial2006. A DFB alega que essa verba foi transferida em 2000 pelo Comité Organizador para a FIFA e que nunca foi «devidamente justificada» nas contas do organismo.

O relatório da empresa que investigou a atribuição do Mundial2006 à Alemanha, encomendado pela DFB, concluiu que não existiu qualquer prova concreta de compra de votos no processo. Em declarações ao jornal alemão «Bild am Sonntag», Beckenbauer insistiu não ter conhecimento de qualquer transferência e justificou que uma conta bancária de que foi alvo de investigação era partilhada com o seu assessor Robert Schwann, já falecido.

«Robert [Schwan] tratava de todos os meus assuntos: desde a mudança de uma lâmpada e contratos importantes», justificou.

Quando surgiram as suspeitas, tanto Beckenbauer, como Wolfgang Niersbach, antigo líder da Federação e que se demitiu após o escândalo vindo a público, em outubro, negaram sempre qualquer envolvimento na transferência.