Carlos Alberto Parreira, antigo selecionador do Brasil e Coordenador técnico da seleção canarinha durante o Mundial 2014, compara a derrota por 7-1 frente à Alemanha com os atentados de 11 de setembro de 2001.

«Foi um apagão, um descontrolo total. Não há forma de explicar. A nossa equipa era boa. Não era a melhor, mas não era para ter sofrer aquela derrota. Não dá para sentires nada, não consegues acreditar. É igual à queda das torres gémeas, quando caiu a primeira ninguém conseguiu acreditar, todos achavam que era ficção. Eu achava que ia parar no quinto golo. Ao intervalo as coisas mudaram. Criámos boas oportunidades, mas o Neuer fez grandes defesa», afirmou, em declarações à imprensa brasileira. 
 
«Não quero procurar desculpas. Mas foi o Mundial em que tivemos menos. Apenas 14 dias. Jogadores como Paulinho, David Luiz, Willian e Oscar eram praticamente reservas, não andavam a jogar. O Fred estava lesionado, ficou um longo período sem jogar. Jô tinha altos e baixos. Vários jogadores não estavam em seu melhor momento físico. Daniel entrava e saía no Barcelona. Marcelo saía no Real. São sete jogadores. Já estavam habituados, entrosados, dentro de um esquema. Foi pouco tempo para preparar uma seleção para uma competição que foi muito intensa. Jogadores como o Biglia, da Argentina, a correr 15 quilómetros. Os jogadores sentiram essa falta de ritmo. Isso prejudicou um pouquinho o que fizemos na Copa das Confederações».