O Irão apurou-se esta segunda-feira para o Mundial 2018, o que destacou um feito de Carlos Queiroz: o selecionador apurou pela quarta vez uma equipa para uma fase final de um Campeonato do Mundo.

O técnico, de 64 anos, celebrou a sua quarta qualificação, depois de África do Sul (2002), que não orientou na fase final, Portugal (2010) e Irão (2014 e 2018) envergando uma camisola com o número 4.

«O número 4, para mim, significa uma quarta qualificação para um campeonato do mundo. Só um treinador na história o conseguiu, Walter Winterbottom, sempre com Inglaterra, mas nenhum treinador o alcançou com seleções diferentes», frisou Queiroz.

O Irão tornou-se na terceira seleção com presença assegurada no Mundial 2018, depois do Brasil e da anfitriã Rússia, ao assegurar um dos dois primeiros lugares da poule de qualificação asiática, ao vencer o Uzbequistão, por 2-0. 

«Não era um jogo fácil, mas foi uma boa exibição da nossa parte. Jogámos contra uma grande equipa, com bons jogadores. Há quem tente passar a ideia que esta qualificação foi fácil, mas o que alcançámos foi graças ao nosso trabalho e ao sacrifício destes jogadores. Só há duas palavras para definir o desempenho dos nossos jogadores nesta qualificação: comprometimento e dedicação. Fizeram muitos sacrifícios pela equipa nacional.»

O treinador português agradeceu aos jogadores, à família e aos seus próximos, destacando a oportunidade de ter alcançado o feito histórico.

«É um grande privilégio poder desfrutar deste momento no Irão. A minha vida é o futebol, dou tudo ao futebol, muitas vezes em sacrifício da minha vida e da vida daqueles que me amam, mas enquanto tiver saúde e esta paixão pelo jogo, e pelo treino, creio que vou andar por aqui», acrescentou.

«A partir de amanhã temos de colocar em marcha a melhor preparação possível para o Mundial. Esperemos que, depois de duas qualificações consecutivas para Mundiais, o Irão não perca uma oportunidade histórica de assegurar o futuro do seu futebol. A paixão está cá, o talento também, esperamos que aqueles que têm responsabilidades possam dar o impulso decisivo.»