O Irão, orientado por Carlos Queiroz, está a um ponto de conseguir uma inédita qualificação consecutiva para o Campeonato do Mundo. Contudo, o treinador português alerta para o perigo de um eventual excesso de confiança.

«Creio que há uma perceção errada à nossa volta, como se tivéssemos assegurado jogar o Mundial de 2018. O que tenho defendido é que estamos já a jogar o nosso Mundial. Agora, o jogo com o Uzbequistão deve ser encarado como se fosse a nossa final do Mundial», advertiu o técnico.

Se o Irão pontuar, assegura a quinta fase final da sua história e junta-se ao Brasil e à anfitriã Rússia no lote de equipas com presença garantida na próxima edição do Mundial.

«Vamos jogar este jogo com a responsabilidade de quem joga uma final, de quem joga um 'match-point', porque a equipa que temos pela frente é forte e merece todo o nosso respeito. Isto não é novo para nós. Desde o início da qualificação que sabemos qual é a importância deste jogo. Os jogos valem sempre três pontos e este não é diferente», frisou Queiroz.

Espera-se lotação esgotada no mítico Azadi Stadium em Teerão que vai contar com medidas de segurança reforçadas, cinco dias após o duplo atentado do Estado Islâmico na capital iraniana.

O Irão ainda não sofreu qualquer golo sofrido nos sete jogos já disputados, sendo que ainda tem três jogos, a contar com este, para garantir a qualificação para a Rússia.

«Temos ainda três jogos deste nível, que são os três jogos para jogar ainda na nossa qualificação, e temos que encará-los desta forma: como um jogo em que temos de estar à altura dos nossos 'standards', e fazer tudo o que está ao nosso alcance», concluiu.

Recorde-se que a formação orientada por Queiroz é líder com 17 pontos em sete jogos. Coreia do Sul com 13 e Uzbequistão com 12 estão logo atrás. Síria, China e Qatar fecham o grupo de qualificação da zona asiática.