«Para mim a seleção nacional acabou». As palavras de Messi no rescaldo da final da Copa América caíram que nem uma bomba junto de muitos argentinos, mais ainda, garantem alguns, do que a derrota frente ao Chile. A decisão, a que não estarão alheias as críticas que os jogadores argentinos têm apontado à federação, pode até ser seguida por mais jogadores.

Amado por muitos, mas sem estar imune a críticas, e com pressão e exigência dos adeptos à medida do talento que tem, Messi foi acusado de ser «pé frio» e até de não sentir as cores da Argentina por viver em Espanha desde os 13 anos.

Agora, após quatro finais perdidas, esta com uma grande penalidade desperdiçada, disse «chega», pôs o ponto final na carreira pela seleção, mas os adeptos não se conformam.

O jornal argentino Olé pôs logo mãos à obra e lançou uma campanha: «Não vás Lio». A frase faz a manchete do jornal, que apela a todos que se juntem nas redes sociais a este apelo.

Outros são que tentam mover influências maiores. A conta de Twitter de Antonella Roccuzzo, companheira de Messi (embora não tenha sido confirmado que se trata da conta oficial) foi bombardeada com mensagens de adeptos inconformados. Querem passar mensagens de apoio, de agradecimento, pedir-lhe – a ela - que o demova, e a ele que reconsidere. E pedem desculpa pelas críticas, mesmo que de outros.

«Sem ti não somos nada», «a culpa não é tua», «só damos valor ao que temos quando o perdemos», «dói mais perder o capitão do que a final», «deste-nos tanto e não soubemos agradecer»… as mensagens sucedem-se e chegam de todo o mundo.

Em vários jornais, as crónicas perderam o tom crítico. Dizem que foi a melhor das finais que Messi perdeu, declaram apoio, lamentam a enorme perda para o futebol argentino.

A imagem de Messi, de olhar vazio, de lágrimas a correr pelo rosto, e depois a decisão de sair, são o capítulo atual da história, resta saber se será o último do «Pulga» com a camisola da Argentina.