Michel Platini é um dos nomes envolvidos na mega-lista de entidades associadas a contas «off-shore» conhecida como «Panama Papers» e divulgada no domingo por uma centena de meios de comunicação mundiais. O presidente suspenso da UEFA reagiu em comunicado, garantindo que o fisco da Suíça, onde tem residência fiscal, tem conhecimento da «totalidade das suas contas e bens».

A reação do francês surgiu através de um comunicado divulgado pelos seus advogados, o qual acrescenta apenas que o dirigente, suspenso no âmbito do escândalo de corrupção que envolve a FIFA, se reserva o direito de agir contra o que considere ser difamação.

O nome de Platini surge, segundo o jornal «Le Monde», como único administrador da Balney Entreprises Corporation, uma sociedade ‘offshore’ criada em 2007, 11 meses depois de eleição de Platini para a presidência da UEFA.

A lista em causa, que resulta de uma fuga de informação envolvendo a empresa de advogados panamiana Mossack Fonseca, foi divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que agrega mais de cem meios de comunicação, e inclui 72 chefes ou ex-chefes de Estado, bem como várias figuras públicas.

Entre os desportistas, Lionel Messi é outro dos nomes referidos. O argentino, de acordo com os meios espanhóis «El Confidencial» e «La Sexta», que citam a investigação original publicada pelo jornal alemão «Süddeutsche Zeitung», teria criado uma empresa, Mega Star Enterprises, através de um escritório uruguaio, apenas um dia depois de ter sido tornado público o caso em que foi acusado, com o pai, de fraude fiscal em Espanha no valor de 4,1 mil milhões de euros. 

O «El Mundo Deportivo» escreve que Messi também deverá reagir em comunicado, ainda hoje.