Xavi não esteve com rodeios e, após a vitória do Barcelona sobre o Milan (1-0), em Las Vegas, na última madrugada, confirmou que Ousmane Dembélé pediu para deixar o clube catalão e rumar ao Paris Saint-Germain.

«Vou ser claro, o Dembélé pediu-nos para sair. Ele disse-nos que tem uma proposta do PSG, que o contactaram e ele foi muito direto. É uma decisão pessoal e não podemos fazer nada. Isto dói-me muito porque cuidamos muito dele para que estivesse feliz e continuou a fazer a diferença, mas ele tem esta proposta, já disse que quer sair e por isso não jogou. É a lei do mercado, não podemos competir com esta proposta, é fora do nosso alcance. Desejo-lhe toda a sorte do mundo porque nos deu muito, pelo menos quando fui treinador», afirmou o técnico blaugrana, em declarações à TV3, no relvado do Allegiant Stadium, tendo também comentado o tema em conferência de imprensa.

«Estou um pouco desapontado, sim, mas ele disse-nos que já tinha falado com o Luis Enrique e com o Nasser Al-Khelaifi e não havia forma de o convencer. Tentámos, mas a decisão estava tomada. Vi-o tão feliz e não esperava isto», sublinhou.

Xavi confessou ainda que tinha conhecimento da cláusula de rescisão de 50 milhões de euros que estava contemplada no contrato de Dembélé e assumiu a necessidade de reforços, sobretudo um «lateral direito puro».

«Estou em contacto com Mateu Alemany [diretor de futebol do Barça] e sabíamos da cláusula. Este é o mercado. O Barça continua. Temos de deixar sair os jogadores que não querem estar no Barça. Questionei Dembélé sobre os motivos. Ele não me disse, mas é claro que é um assunto dele, pessoal», rematou.

Dembélé, que já não participou no encontro diante do Milan, cumpriu as últimas seis temporadas no Barcelona. O extremo francês de 26 anos, formado no Rennes e com uma passagem no Borussia Dortmund, teve uma estadia marcada pelas lesões no Camp Nou, embora tenha registado 35 jogos, oito golos e nove assistências na época transata.

Segundo o L’Equipe, o PSG comunicou à La Liga a intenção de exercer a cláusula de 50 milhões que vigorava até 31 de julho – depois disso, passou a 100 milhões – mas os clubes negoceiam a transferência para acertar os prazos de pagamento.