Beto Bianchi é o novo selecionador angolano de futebol.

O treinador do Petro de Luanda vai acumular o cargo na equipa angolana com o de selecionador e, na conferência de imprensa, apontou ao regresso dos Palancas Negras aos grandes palcos.

«Pretendo colocar Angola no lugar em que merece, não na situação atual», disse o técnico hispano-brasileiro, que vai agora iniciar a campanha de qualificação para o CAN 2019, competição que os Palancas Negras estão ausentes há duas edições.

Bianchi, que está na segunda época em Angola, disse na apresentação que o facto de não ser angolano não influencia: «Só posso prometer muito trabalho, muita humildade, muita disciplina. Não sou angolano, mas defendendo as cores de Angola, sendo selecionador, eu tenho a obrigação de dar o máximo de mim. A minha promessa é essa.»

O presidente da Federação Angolana de Futebol, Artur de Almeida, explicou que a modalidade atravessa uma crise e que a aposta em Bianchi tem o intuito de recuperar a mística.

«Queremos voltar ao passado daquilo que foi o futebol de Angola. Um futebol de sucesso, bem jogado, bem estruturado. Este é um dos nossos grandes objetivos.»

O presidente da FAF admitiu que o modelo encontrado para o comando da seleção não é o ideal, mas está condicionado pelas dificuldades financeiras e o «passivo herdado» da direção anterior, sem apoio estatal e recorrendo a parceiros privados.

«Podíamos dizer: não há seleção nacional porque não há dinheiro (...) mas nós não paramos, fomos buscar uma solução que achamos ser consentânea com o momento», rematou Artur de Almeida.