A Argentina sonhava com uma primeira presença na final de um campeonato do mundo. O melhor que conseguiu, até agora, foi um terceiro lugar, em 2007. É isso que ainda pode alcançar desta vez, na terceira vez em que alcança umas meias-finais – e que falha o jogo mais desejado.

O primeiro ‘milho’ foi dos Pumas. Mas só mesmo esse. Depois, a Nova Zelândia dominou o jogo e contruiu uma vitória robusta, que não deixa margem para quaisquer dúvidas.

Aos cinco minutos, Emiliano Boffelli converteu uma penalidade e obteve os primeiros três pontos do jogo. Argentina na frente!

A Nova Zelândia, no entanto, despertou. Defendeu sempre muito bem, não permitindo qualquer ensaio aos sul-americanos, e conseguiu mostrar a sua força e qualidade no ataque. Aos 11 minutos passou para a frente com um ensaio de Will Jordan.

Depois, bem, depois assistiu-se a uma tremenda demonstração de superioridade dos All Blacks.  

Chegaram ao intervalo a vencer por 20-6, com ensaios de Jordie Barrett e Shannon Frizell e uma penalidade de Richie Mo’unga – tremendo nas mudanças de direção a partir para o ataque e com a missão de converter os ensaios.

Pelo meio, a Argentina somou mais 3 pontos, em nova penalidade de Boffelli.

Na segunda parte, só houve pontos para os All Blacks – que não deram veleidades a uns Pumas que insistiram muito em jogar à mão, mas foram sempre travados.

Quatro ensaios para a Nova Zelândia – dois deles convertidos – permitiram chegar aos 44 pontos.

Destaque para Will Jordan que conseguiu um hat-trick. E a expressão, se traduzida, até fará todo o sentido: no último ensaio levantou a bola sobre o último defesa antes de marcar. Este talento fez a diferença no jogo - e faz da Nova Zelândia uma seleção temida.

Jordan chegou aos oito ensaios na prova, igualando o recorde de jogadores históricos como Bryan Habana, Jonah Lomu e Julian Savea.

Os All Blacks ficam à espera de adversário para final – sairá da partida entre Inglaterra e África do Sul, numa reedição da final de 2019.

Para já, a Nova Zelândia é o primeiro país a chegar à final de um campeonato do mundo em cinco ocasiões. E, a cada jogo, parece, cada vez mais, ter argumentos para recuperar o título que venceu pela última vez em 2015.