Este foi o fim de semana que baralhou e voltou a dar quase todos os grandes campeonatos europeus. Espanha, sobretudo, depois do grande clássico Real Madrid-Barcelona, mas também Alemanha, Inglaterra e França. Nenhum dos líderes ganhou. Das cinco grandes Ligas, apenas a Juventus escapou à razia. E, claro, aconteceu também em Portugal, com a derrota do Benfica.

Mas é de futebol internacional que falamos, e temos muito de que falar. Começou no sábado, em grande. A clara vitória do Real Madrid sobre um Barcelona que ainda não tinha sofrido sequer um golo não apenas abriu caminho a um novo equilíbrio de forças em Espanha como deixou mesmo a liderança isolada dos catalães em risco. E, neste domingo, o Sevilha não falhou na aproximação. Com drama: sem golos até aos 79 minutos, o Villarreal adiantou-se, mas os andaluzes igualaram aos 88 minutos e chegaram à vitória já nos descontos, de penálti. Com o At. Madrid também em recuperação, no quinto lugar, e o Valência da armada portuguesa a somar mais uma vitória, La Liga está incrivelmente embrulhada: dois pontos separam os cinco primeiros. 

 

Em Inglaterra também houve clássico, e o golo de Van Persie no último suspiro custou dois pontos ao Chelsea na deslocação a Old Trafford, que representou o reencontro entre José Mourinho e Van Gaal. Os Blues têm nesta altura quatro pontos de vantagem na liderança para o fantástico Southampton, agora à frente do Manchester City, que perdeu na visita ao West Ham. 

 

Na Alemanha, o Bayern Munique travou na visita ao Borussia MGladbach. O jogo já se adivinhava difícil para os líderes da Bundesliga, os 90 minutos confirmaram-no. E não foi pior porque Manuel Neuer fez uma exibição de luxo. 0-0 e são agora quatro os pontos de vantagem da equipa de Pep Guardiola para o trio formado por Gladbach, Wolfsburgo e Hoffenheim. E para a semana o Bayern recebe o Borussia Dortmund. 

  

Não que o Dortmund da Bundesliga assuste alguém nesta altura: em contraste profundo com a carreira na Liga dos Campeões, os homens de Jurgen Klopp estão a fazer um campeonato miserável: voltaram a perder, agora em casa e frente ao Hannover, têm sete pontos em nove jogos e é preciso descer até ao 15º lugar da tabela da Bundesliga para os encontrar. Mas foi também frente ao Dortmund que o Bayern sofreu a única derrota da época, para a Supertaça, e este é seguramente um confronto de outra dimensão, para ambos. 


 
 
Xeque ao líder também em França. O Lyon pôs fim à série de oito vitórias seguidas do Marselha, com um golo de Gourcuff que reduz a vantagem da equipa de Marcelo Bielsa para quatro pontos. É a distância a que está o PSG, depois de uma vitória tranquila sobre o Bordéus. Lyon e Saint Etiènne dividem o terceiro lugar no fim de uma 11ª jornada que teve um enorme protagonista com ligações portuguesas: Carlos Eduardo, autor de cinco golos na vitória do Nice sobre o Guingamp.

Dos líderes entre os grandes só sorri a Juventus. A dobrar: ganhou ao Palermo e, perante o nulo da Roma frente à Sampdoria, aumentou para três pontos a vantagem na liderança em Itália.

Foi de resto um fim de semana agitado para lá das grandes Ligas: na Turquia, por exemplo, onde o Galatasaray sofreu nada menos que quatro golos, que deixaram os adeptos à beira de um ataque de nervos. E o Trabzonspor-Gaziantepsor acabou 4-4, com o ex-benfiquista Óscar Cardozo a marcar o golo que evitou a derrota da sua equipa.

Na Rússia, o Zenit deu meia parte de avanço e depois construiu uma goleada por 5-0 em vinte minutos, com Danny a assinar o último golo. Por falar em golos portugueses, também há um protagonista claro no fim de semana: Flávio Paixão, que marcou quatro de uma vez pelo Slask Wroclaw, na Polónia.