Aurelio De Laurentiis, presidente do Nápoles, é conhecido por não ter "papas na língua" e não teve problemas em admitir que Rudi Garcia foi a quarta opção para treinador dos azzurri. De resto, o líder dos campeões italianos até desejava voltar no tempo para… despedir o técnico francês logo na apresentação.

«O primeiro contactado foi o Thiago Motta. Vi bem, não é? Mas ele não tinha vontade de vir, porque não é fácil levar o legado de quem conquistou o Scudetto daquela forma», começou por dizer, em entrevista ao Corriere dello Sport.

«O Luis Enrique trouxe a sua comitiva para Nápoles. Ele bloqueou-me durante três dias e pediu muito dinheiro. Quase chegámos a um acordo, mas ele disse que não porque queria ganhar ainda mais. De seguida, Nagelsmann. Olhei para alguns. No final, falei com o Rudi Garcia que, em Itália, ficou duas vezes em segundo lugar com balneários turbulentos, cheios de jogadores de alto nível», prosseguiu.

«No dia da apresentação, deveria ter feito uma jogada dramática e dito: "Rudi Garcia está a ser apresentado, mas agora está de saída". Porque uma pessoa que chega e diz: “Não conheço o Nápoles, não vi o jogo...". Eu deveria ter percebido, mas preferi rir-me disso. O problema é que ele repetiu isso várias vezes. Tudo o que ele precisava de fazer era jogar da mesma maneira que Spalletti. Mas fui avisado. Tive de ficar no centro de treinos de manhã à noite», concluiu.

Rudi Garcia, antigo treinador de Cristiano Ronaldo no Al Nassr, foi despedido ao fim de 16 jogos, para dar lugar a Walter Mazzarri.