O internacional português Danny afastou, esta quarta-feira, o cenário que apontava para a sua saída do Zenit de São Petersburgo, rejeitando, ainda, o estatuto de estrela principal do conjunto orientado por André Villas-Boas.

«Tenho ouvido e lido que estou a jogar pior, que o estilo de jogo não é o mais adequado para as minhas características e que quero abandonar o clube, mas ninguém sabe o que realmente sinto. Quero continuar aqui. Quando vou para um jogo, ou mesmo para um treino, só penso em dar o meu melhor. As pessoas esperam milagres da minha parte, mas sou um tipo normal. Não sou uma máquina», considerou o avançado que se transferiu de Moscovo para São Petersburgo a troco de 30 milhões de euros.

Numa longa entrevista publicada no sítio oficial do emblema russo na Internet, o capitão do Zenit rebateu as críticas que apontavam para um abaixamento de rendimento e apontou no caminho a seguir: ganhar o campeonato e Liga Europa.

«Somos uma equipa forte, temos jogadores extraordinários e devíamos ter seguido em frente na Liga dos Campeões. Mas não tivemos a sorte suficiente em algumas partidas. De forma genérica, cometemos demasiados erros, mas estamos a tentar melhorar. Para nós, agora, a Liga Europa é tão importante como o campeonato», sublinhou, pouco antes de garantir a união do grupo.

«Grupo de russos e outro de estrangeiros? Geralmente falamos todos em inglês, tanto os russos como os outros. Às vezes falamos em russo e eu tento ajudar na tradução, explicando aquilo que pretendem. Não existe, por isso, qualquer tipo de comunicação, temos um grupo e estamos constantemente na brincadeira. O ambiente é muito bom», garantiu.

Projetando o futuro, Danny, de 31 anos, considera a hipótese de terminar a carreira ao serviço do emblema russo, acrescentando que vai continuar a jogar enquanto sentir que tem forças para ajudar.

«Quero continuar a jogar porque me sinto bem. Se me custasse, ou eu entendesse que não tinha o ritmo, a força ou a velocidade para continuar parava. Mas sinto-me bem. Penso que posso continuar a este nível por mais dois ou três anos, embora não trace nenhum limite. Terminar a carreira aqui? Sim. Já disse que me sinto bem São Petersburgo, cidade onde vivo há sete anos. É a minha segunda casa», rematou.