O internacional ucraniano Oleksandr Zinchenko tem sido um crítico ativo relativamente à invasão russa, mostrando, em diversas situações, uma clara oposição à guerra instaurada. Em entrevista à BBC, o jogador do Arsenal referiu que tem sido «muito difícil» para a Ucrânia, mas garante que não pensaria duas vezes em ir «lutar» se fosse chamado.

«Acho que é uma resposta clara: eu iria para a guerra. Sei que talvez algumas pessoas possam pensar que é muito mais fácil para mim estar aqui (em Londres) em vez de estar lá (na Ucrânia). Tenho um sonho de que esta guerra acabe muito, muito em breve, e que possamos reconstruir a nossa Ucrânia como realmente queremos. Não posso estar mais orgulhoso do que estou agora de ser ucraniano», referiu o jogador.

Zinchenko, que em 2014 se estreou como profissional no Ufa, clube russo, admite que pouco falou com os antigos colegas desde o início da guerra.

«Desde a invasão, poucos me enviaram mensagens de texto ou mensagens. Não posso culpá-los. Não posso dizer-lhes: 'Pessoal, façam os protestos lá fora e todas essas coisas', porque sei que podem ser presos», atirou.

Por fim, o internacional ucraniano por 60 ocasiões garantiu que «nunca se esquecerá» desta guerra e que é algo que vai passar de geração em geração.

«Nunca esqueceremos o que eles fizeram connosco e com o nosso povo. É isso que vou ensinar aos meus filhos e eles vão ensinar aos filhos deles. Isto não é aceitável», concluiu o lateral.