O Monaco é a grande sensação do campeonato francês e uma das maiores surpresas da Champions, quer pelo que joga quer pelos resultados.

Bernardo Silva tem sido uma das figuras de um conjunto liderado por Leonardo Jardim. O médio, num evento em Lisboa antes de se reunir com a seleção nacional, elogiou o treinador: «Não sei se é o melhor treinador português da atualidade, sei que é um grande treinador. Pessoalmente tenho que lhe agradecer muito, foi ele que me deu a oportunidade de jogar a um nível tão alto num clube como o Monaco. Ensinou-me muito e se não é o melhor está entre os melhores.»

A equipa do Principado lidera o campeonato francês, está nos quartos de final da Liga dos Campeões, na final da Taça da Liga e ainda na Taça de França. Bernardo revela o segredo do sucesso do emblema monegasco.

«Explica-se pelo presidente e pela direção terem feito o esforço para não venderem nenhum jogador. O Monaco reforçou-se muito bem, depois alguns emprestados voltaram como o Germain e como o Falcao, que são muito importantes. Alguns jovens estão a aparecer numa altura decisiva como o Mbappé, que está a fazer uma época fantástica, mas acima de tudo o facto da direção ter feito o esforço para manter os jogadores chave da equipa. Somos uma equipa jovem, mas tendo mais um ano de experiência que no ano anterior e o facto de nos termos reforçado bem, está a fazer que tenhamos esta época.»

Partiram como «outsiders», mas estão na liderança e em todas as frentes. Será que o plantel sente a pressão de ganhar para que o ano seja de sucesso?

«Pressão sempre a tivemos. A verdade é que agora estando na frente do campeonato, na Champions, na final da Taça da Liga, na Taça de França, essa pressão cresce um bocadinho, mas a este nível tens que estar habituado. Pressão é coisa boa porque nos obriga a ser melhores dia após dia. O facto de termos pressão significa que estamos em todas as frentes e que temos muita coisa a disputar nos próximos dois meses.»

Sobre o «brilharete» na Liga dos Campeões, Bernardo mostra-se feliz, mas quer mais.

«É um sonho, sabemos que não é tarefa fácil, vamos pensar no Dortmund porque ainda estamos nos quartos. Para chegar à final temos que passar por eles, é muito complicado, mas é um sonho e vamos fazer tudo para chegar à próxima fase e na próxima fase fazer o mesmo para estar na final», assegurou.

A França chegou em janeiro Gonçalo Guedes, amigo de Bernardo e formado também no Seixal. Vão encontrar-se novamente a 1 de abril na final da Taça da Liga, depois de já o terem feito em janeiro no Parque dos Príncipes.

«Não falei com ele sobre este jogo. Estive com o Gonçalo a seguir ao jogo em Paris, no primeiro jogo dele, falamos 20 minutos e sei que se está adaptar, o que não é fácil num clube com o PSG, um jovem chegar e jogar logo. Espero ganhar-lhe, mas espero que ele se adapte e ganhe espaço no seu clube.»