A Federação de Futebol da Tunísia recusou esta quarta-feira pedir desculpas pelo comportamento dos jogadores e responsáveis da sua seleção após a derrota com a Guiné Equatorial, nos quartos de final da Taça das Nações Africanas.

«Pedir desculpa porquê? Pedimos à CAF para clarificar por que temos de pedir desculpa. Apenas apontámos erros à atuação do árbitro que nos prejudicaram e pedimos à CAF que abrisse um inquérito», disse o vice-presidente da FTF à agência France Press.

Na terça-feira, a comissão disciplinar da Confederação Africana de Futebol (CAF) multou a Tunísia em 50 mil dólares (43,5 mil euros) por «comportamento insolente, agressivo e inaceitável» da parte dos jogadores e responsáveis.

A CAF exigiu também à FTF um pedido formal e escrito de desculpas até quinta-feira ou, em alternativa, a apresentação de provas de um eventual favorecimento por parte da CAN à seleção anfitriã da prova.

Os tunisinos insurgiram-se contra o árbitro da partida, Rajindraparsad Seechurn, das Ilhas Maurícias, por este ter assinalado um penálti no tempo de descontos do jogo com a Guiné Equatorial, que permitiu à equipa anfitriã levar o jogo para prolongamento, onde acabaria por garantir um segundo golo. O árbitro foi entretanto suspenso por seis meses, pela Comissão Disciplinar da CAF.

Caso não cumpra os requisitos impostos pela CAN, a Tunísia arrisca-se a ficar de fora da prova em 2017.