O futebolista do Bahrein, Hakeem Al-Araibi, vai continuar detido, anunciaram esta quarta-feira as autoridades judiciais da Tailândia que alegam poder existir risco de fuga por parte do jogador. 

«Quando se olha para as estatísticas sobre estrangeiros em processos judiciais, eles pagam a fiança para sair e depois não aparecem no tribunal», disse o diretor-geral da procuradoria tailandesa, Chatchom Akapin, em conferência de imprensa, negando, assim, a liberdade sob caução a Al-Araibi.

O jogador tem estatuto de refugiado na Austrália e foi detido na Tailândia em novembro de 2018 quando se encontrava a passar férias no país. Hakeem Ali Al-Araibi, de 25 anos, foi condenado à revelia a dez anos de prisão pelo tribunal do Bahrein, acusado de danificar uma esquadra da polícia em 2012, durante protestos à margem da Primavera Árabe, os quais o jogador sempre negou.

De resto, o coordenador para os refugiados da Amnistia Internacional, Graham Thom, já reagiu em comunicado: «A Tailândia é altamente culpada na detenção de Hakeem, mas ainda tem o poder de contornar o processo judicial e tomar a decisão de mandá-lo para casa na Austrália.»

Decorre, entretanto, uma campanha apoiada pelo Governo da Austrália que pede a libertação do jogador e o regresso ao país de adoção.