Morreu este domingo, aos 49 anos, Fabián O’Neill, vítima de uma doença prolongada no fígado. A notícia foi confirmada pela filha, Marina O’Neill, nas redes sociais.

Internacional uruguaio em 19 ocasiões, O’Neill começou a jogar futebol profissional em 1992, no Nacional de Montevideo. Em 1995 mudou-se para o Cagliari, onde ficou até 2000, altura em que se mudou para a Juventus.

No Cagliari, de resto, viveu os melhores tempos na Europa. Em 1999, diga-se, foi notícia por ter feito três «túneis» a Gattuso num só jogo, quando o agora treinador do Valência representava o Salernitana.

Nos bianconeri nunca conseguiu ganhar o seu espaço, mas mesmo assim conseguiu causar boa impressão perante um tal de Zinedine Zidane, na altura uma das estrelas das bianconeri que classificou o uruguaio como o melhor jogador com quem já tinha jogado.

Em Itália, teve ainda uma aventura no Perugia, antes de regressar ao Nacional em 2003.

Foi sempre considerado um dos jogadores mais talentosos da sua geração no Uruguai, ele que jogou o Mundial 2002, na Coreia e no Japão. Fora de campo, no entanto, teve sempre uma vida muito associada ao vício do álcool, que, aliás, o levaram a perder tudo.

«Quando jogava futebol cheguei a ter 15 milhões de dólares no banco, gastava-o em mulheres e álcool, mas também metia comida na mesa a pessoas que precisavam. Agora que sou pobre, passo por essa gente na rua e nem me cumprimentam», chegou a afirmar, ao El Observador.