Wayne Rooney preferiu a «pressão» de voltar ao clube de infância a mudar-se para outro país. O antigo capitão do Manchester United regressou ao Everton depois de 13 anos ao serviço dos «red devils».

O internacional inglês gosta da pressão que sente ao serviço dos «toffees», apesar de ter tido propostas de ir para o estrangeiro com um salário superior:

«Sabia que havia maior pressão em regressar ao Everton e era isso que queria. Queria provar-me novamente aos adeptos do Everton e tentar levar o clube para a frente e ganhar troféus, e espero que o consigamos fazer daqui a dois, três anos».

Rooney fez 550 jogos ao serviço do Manchester United, marcando 253 golos e regressou ao Everton com 32 anos de idade. O médio diz que aprendeu muito com o antigo colega de equipa Ryan Giggs, que jogou até aos 40 anos de idade:

«Aprendi que é possível gerir o esforço nos treinos, como o Ryan [Giggs] fez. Treinava todos os dias e conseguia. Sabes quando correr, quando sprintar e quando não o fazer. É uma questão de me conhecer».

O antigo internacional inglês começou a sua carreira como ponta-de-lança mas tem recuado no terreno com o avançar da idade: «Há dois anos que acho que a minha melhor posição é no meio campo e agora estou a começar a jogar aí.»

«Sou um jogador honesto. Quando sentir que já não sou bom o suficiente, não me vou pôr numa situação em que estou só a ocupar espaço a achar que consigo continuar», disse.

O médio retirou-se do futebol internacional em agosto de 2017 como o melhor marcador de sempre da seleção Inglesa, com 53 golos marcados.

O jogador de 32 anos foi recentemente comentador na Sky Sports e foi elogiado pelo seu conhecimento. «Quanto te veem no campo, não veem as tuas qualidades como pessoa. Para ter conhecimento sobre futebol é preciso aprender. Se quiseres um dia ser treinador, só se melhora com estudo.»

Rooney admite que este conselho veio dos antigos colegas de equipa Ryan Giggs e Gary Neville: «Disseram-me para estudar o jogo. Costumava simplesmente jogar mas isso não dura para sempre. Comecei a interessar-me em analisar o jogo, ver como jogam diferentes jogadores e equipas e perceber os diferentes estilos.»

O jogador do Everton foi recentemente pai pela quarta vez e diz que agora já pode «fazer uma equipa de futebol de 5».

«O Kai [filho mais velho] é obcecado por futebol, joga todas as noites depois da escola. Quando não jogo bem, é o primeiro a dizer-me».

O antigo capitão da seleção inglesa está bem ciente da pressão de ser jogador de futebol e diz que apoia o filho, caso este siga as pisadas de Rooney: «Desde os meus 16 anos que sou criticado, ele teria essa vantagem. Vou consciencializá-lo das responsabilidades. Quando és pequeno só pensas em jogar, mas agora o futebol é muito mais que isso», rematou