Na cidade do aço, o Benfica oscilou, mas não quebrou e com uma segunda parte de bom nível evitou a primeira derrota da pré-época diante do Borussia Dortmund.

Na estreia na International Champions Cup, em Pittsburgh (Pensilvânia), as águias recuperaram de uma desvantagem de dois golos ao intervalo e levaram o jogo para o desempate por grandes penalidades – e aí a equipa de Rui Vitória venceu por 4-3.

Os encarnados até começaram melhor. Muita pressão alta, a dificultar a saída de bola do Dortmund e alguma rapidez sobre a bola. Este ímpeto, porém, fez-se sentir no primeiro quarto de hora de jogo. Até que Philipp teve nos pés a melhor oportunidade até ao momento, ao receber, rodar e disparar à entrada da área.

Estava dado o aviso. O avançado dos alemães não haveria de tardar muito a fazer notar de novo a sua presença… E de que maneira, com dois golos em dois minutos.

Aos 20’, antecipando-se a Jardel após uma combinação entre Larsen e Götze, que aos 22’ haveria de o servir para os segundo, num lance em que fugiu a Rúben Dias: dois desvios, dois centrais do Benfica batidos à vez, dois golos para o Dortmund.

As fragilidades defensivas do Benfica estavam à vista sempre que o Dortmund acelerava, sobretudo pela direita pelo prodígio Pulisic (a jogar no seu estado natal)

Por outro lado, do meio-campo para a frente, Pizzi surgia bem nas transições ofensivas e também nos lances de bola parada. O transmontano era o dínamo de um meio-campo em que Gedson se mostrava a espaços e Fejsa desarmava tanto quanto podia.

Lá na frente faltava ainda assim efetividade a Rafa e Zivkovic no apoio pelos flancos ao ponta de lança Castillo, único reforço a jogar de início.

Não foi, portanto, de admirar que a mexida de Rui Vitória ao intervalo fosse a troca deste tridente por um 100 por cento argentino (Salvio, Cervi e Ferreyra).

B. Dortmund-Benfica, 2-2 (3-4 gp): ficha e jogo ao minuto

Não foi só por aqui, mas o Benfica melhorou substancialmente nos segundos 45 minutos. Uma segunda parte atípica, como é habitual na pré-época, com substituições de sobra.

Logo aos 51’, André Almeida subiu no terreno e bem servido por Pizzi (excelente assistência do melhor em campo dos encarnados) reduziu no marcador. Aos 69’, já depois de uma série de alterações que amornou o ritmo de jogo, Alfa Semedo acabado de entrar em campo insistiu e fez o empate.

Alfa, rapidíssimo e pontual, como o comboio, acabou mesmo por ser um dos destaques entre as caras novas.

Faltou tempo para ver como se entendem em campo Ferreyra e Jonas ou para avaliar com mais detalhe como se adaptam reforços como Conti, Lema, Ebuehi e Yuri Ribeiro.

Foi, ainda assim, uma versão q.b. de um Benfica que, depois de três vitórias e um empate na pré-temporada, continua sem perder neste arranque.

No entanto, fica a ideia de que há bastante para melhorar sobretudo em termos defensivos para que a equipa de Rui Vitória encare como mais confiança a eliminatória da Liga dos Campeões com o Fenerbahçe que se aproxima. Aí, qualquer oscilação pode causar um rombo de milhões.