Depois de ter vencido o Dortmund nos pénaltis, o Benfica voltou a dar boa réplica frente à Juventus neste sábado, embora a lotaria tenha tido um rumo diferente, já que os bianconeri levaram a melhor nos pénaltis – 1-1 nos 90 minutos, 4-2 nas grandes penalidades. Os comandados de Rui Vitória protagonizaram uma primeira parte positiva, mas acabaram por ir-se abaixo no segundo tempo, fruto também de algum cansaço físico e as alterações registadas.

Com um meio-campo composto por Fejsa, Pizzi e Gedson, o emblema da Luz entrou melhor na partida e conseguiu superiorizar-se à Juventus durante todo o primeiro tempo. Pizzi comandou as operações no centro do terreno e Gedson emprestou agressividade e presença ao ataque dos encarnados, por vezes refém da solidão de Facundo Ferreyra no meio dos centrais adversários.

Apesar do domínio territorial – o conjunto de Rui Vitória chegou a ter 83% de posse de bola –, a verdade é que os encarnados demonstraram algumas dificuldades para criar perigo no último terço do terreno e salvo raras exceções não conseguiram incomodar Szczesny. Apenas Salvio, após um grande passe de Pizzi, e Gedson, depois de uma recuperação no meio-campo adversário, conseguiram causar calafrios à defensiva da Vecchia Signora, mas sem grandes calafrios.

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Se no jogo com o Borussia Dortmund a equipa encarnada tinha tido uma primeira parte menos positiva mas posteriormente conseguiu melhorar e ir atrás do resultado, neste sábado foi o inverso, com a equipa a ir-se abaixo no segundo tempo e sem conseguir conter a reação mais contundente do adversário.

Fruto de algumas alterações, a Juventus entrou revigorada para os últimos 45 minutos e conseguiu criar muitas dificuldades a um conjunto encarnado que acusou em demasia a saída de Pizzi, por troca com Alfa Semedo, e que teve em Vlachodimos um dos pontos fortes, que por duas vezes negou o golo italiano, ao defender remates de Cancelo e Emre Can com bastante eficácia.

Como tantas vezes acontece, o futebol trocou as voltas. Numa altura em que Juventus estava claramente por cima, foi o Benfica a inaugurar o marcador, com um belo remate de Grimaldo de livre direto. Um golo que veio dar alguma tranquilidade, mas apenas por alguns minutos.

O conjunto de Allegri voltou a crescer no jogo e já depois de Benatia atirar à barra, Clemenza não quis ficar atrás de Grimaldo e anotou outro grande golo, mas na baliza contrária, o que colocou alguma justiça no resultado. Nos pénaltis, Jonas e João Félix não conseguiram concretizar e Alex Sandro, «portista de coração», deu o triunfo aos bianconeri.