Sepp Blatter reagiu esta tarde à bomba que atingiu a FIFA e destacou que a investigação das autoridades começou exatamente com uma denúncia da própria FIFA feita no final do último ano à Procuradoria-Geral da Suíça.

O presidente reconheceu que a imagem da organização fica muito afetada com a investigação que está a correr e anunciou que os envolvidos nessa mesma investigação já foram banidos de exercer qualquer atividade relacionada com o futebol.

Recorde-se que sete dirigentes da FIFA, entre os quais dois vice-presidentes do organismo, foram, na madrugada desta quarta-feira, detidos na Suíça, a pedido da Justiça norte-americana, que solicitou a sua extradição para que sejam julgados por corrupção. 

Leia o comunicado na íntegra:

«Este é um momento difícil para o futebol, para os adeptos e para a FIFA enquanto organização. Entendemos que muita gente tenha expressado o seu desapontamento e eu sei que este acontecimentos vão ter um impacto na forma como muitas pessoas nos veem.

Por muito infelizes que estes acontecimentos são, deve tornar-se claro que nós acolhemos com agrado esta investigação das autoridades do Estados Unidos e da Suíça e que acreditamos que elas vão ajudar a reforçar as medidas que a FIFA já tomou para erradicar qualquer má-conduta que exista no futebol.

Enquanto que há muitos que estão frustrados com o ritmo da mudança, eu gostaria de sublinhar as medidas que tomámos e vamos continuar a tomar. Na verdade, as ações que hoje o Procuradoria-Geral da Suíça tomou começaram com um dossier que nós enviámos às autoridades suíças no final do ano passado.

Deixem-me ser claro: estas más condutas não têm lugar no futebol e asseguramos que aqueles que se estão envolvidos nelas serão colocados fora do jogo. Na sequência dos acontecimentos de hoje, o Comité de Ética - que está em no meio de um procedimento contencioso relativamente atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 - tomou ações rápidas para proibir provisoriamente aqueles indivíduos investigados pelas autoridades de manter quaisquer atividades relacionadas com o futebol, tanto a nível nacional como internacional. Estas medidas estão ao mesmo nível de prioridades de outras medidas semelhantes que a FIFA tomou em relação ao ano passado para excluir quaisquer membros que violem o Código de Ética.

Vamos continuar a colaborar com as autoridades e vamos trabalhar vigorosamente dentro da FIFA de forma a erradicar qualquer má conduta, para recuperar a confiança dos adeptos e assegurar que o futebol em todo o mundo fica livre de más condutas.»