Mais quatro esquiadores de fundo dos Jogos Olímpicos de Turim foram suspensos por cinco dias pela Federação Internacional de Esqui (FIS) por apresentarem uma taxa de hemoglobina demasiado elevada nos controlos-surpresa que foram realizados. Com estes últimos quatro casos, o número de esquiadores suspensos eleva-se já a doze.
Os últimos quatro esquiadores suspensos foram identificados pela FIS como sendo Alen Abramocic (Croácia), Pavel Korosteljev (Rússia), Nikolai Pankratov (Rússia) e Robel Teklemarian (Etiópia), todos inscritos em provas de fundo nos Jogos Olímpicos de Inverno que começam na próxima segunda-feira em Turim.
Estes quatro esquiadores juntam-se a outros oito que já tinham sido suspensos pela FIS na quinta-feira, entre os quais se destaca a alemã Evi Sachenbacher, campeã olímpica de estafeta 4x5 km em 2002. Os controlos-supresa foram realizados pela FIS que submeteu 224 esquiadores a análises em apenas dois dias.
«Estamos confiantes de que o período (de suspensão) de cinco dias é suficiente para permitir a normalização dos valores sanguíneos dos atletas, caso eles resultem de uma adaptação à alta altitude e à desidratação», referiu o presidente do comité médico da FIS, Bengt Saltin. «Por outro lado, um período de cinco dias não é suficiente para anular o impacto da EPO (eritropoietina) ou de uma transfusão sanguínea destinada a aumentar a concentração de oxigénio nos músculos», acrescentou Saltin.
As taxas elevadas de hemoglobina não são consideradas como doping, mas impossibilitam os atletas de participar nas competições. Um caso de doping confirmado é o que envolve o norte-americano Zach Lund, especialista de skelton (trenó longo), que se tornou no primeiro atleta formalmente excluído dos Jogos Olímpicos de Turim por decisão do tribunal Arbitral do Desporto (TAS).