A semana de Janko promete ser tudo menos tranquila: o avançado do F.C. Porto viajou para representar a seleção austríaca, num amigável frente à Finlândia, mas encontrou uma greve dos controladores de tráfego aéreo no aeroporto de Frankfurt.

O jogador só chegou à concentração da seleção, em Pörtschach, quinze horas depois de ter saído do Porto. Fez um treino ao final da tarde e diz-se pronto para ser titular na frente de ataque. O regresso, de resto, promete ser outra odisseia. Por isso mesmo Janko viaja diretamente para Lisboa.

«O meu voo de regresso foi remarcado. Viajo de Munique para Lisboa. Chego na quinta-feira pelas 15 horas», garantiu Janko aos jornalistas austríacos, acrescentando que esta é uma vantagem em relação aos colegas que fazem nesse mesmo dia três horas de autocarro entre Porto e Lisboa.

Apesar do cansaço que se adivinha, o avançado não quer ser poupado. O jogador pede mesmo ao selecionador que não o considere um caso especial. «Se eu quisesse poupar-me, não tinha feito esta longa viagem. Nesta altura concentro-me apenas na Finlândia e em dar tudo neste jogo.»

O importante clássico de sexta-feira com o Benfica, garante Janko, vem só depois. A imprensa austríaca acompanha o futebol português e tem essa noção, mas o jogador desdramatiza. «Estes são dias muito intensos para mim, mas eu não reclamo. Isto é o que um profissional de futebol faz.»

O selecionador Marcel Koller não adiantou quanto tempo admite colocar Janko em campo. O avançado do F.C. Porto é capitão e por isso é provável que seja titular. A partir daí, brincou com a situação. «Se ele marcar dois golos em 45 minutos, então eu deixo-o descansar na segunda parte.»

Marc Janko falou de resto dos primeiros tempos em Portugal e admitiu que está tudo a ser perfeito para ele. Confessou, por exemplo, que até agora viveu num hotel, mas entretanto mudou-se para um apartamento que teve de mobilar à pressa com mobiliário de uma grande superfície.

Disse também que tem estado a tentar aprender português, mas que a partir de agora as aulas vão ser muito mais sérias: «Vou ter um professor particular três vezes por semana», revelou. «Tenho de comunicar melhor com meus colegas. Além disso, dominar uma língua nova é sempre alucinante.»

«Tenho-me sentido muito confortável no F.C. Porto. Fui rapidamente integrado por toda a equipa e o ambiente também é muito bom. Em Portugal o jogo é mais técnico do que na Holanda, a equipas procuram mais combinações em espaços curtos e o nível técnico dos jogadores é superior.»