Leonardo Jardim falou nesta quinta-feira em conferência de imprensa, numa primeira análise ao início da pré-época do Sporting. O treinador leonino deixou uma certeza: que nesta altura não pensa em objetivos numéricos.
Importante, garante, é criar rotinas e trabalhar numa base para o futuro.
«Tenho 38 anos e vi o Sporting ser campeão quatro vezes. Nos últimos quatro anos o Sporting esteve uma vez no pódio», referiu. «Não me preocupa o que vamos atingir, estou mais interessado no processo que vamos desenvolver.»
Mais tarde, o técnico como que voltou ao assunto, para dizer que não se deve iludir os sportinguistas com um discurso distante da realidade.
«Os adeptos do Sporting já o são há alguns anos e sabem que era mais fácil estar aqui a iludi-los com um objetivo que, porventura, podíamos não conseguir»», sublinhou.
«Eles sabem que o clube vive um momento de dificuldade a todos os níveis, como é publico. Teve de reestrutrar-se o futebol e vamos trabalhar para sedimentar a equipa e partir num pressuposto crescente, para formar bases para um futuro promissor», complementou Jardim.
«Estamos a reconstruir a equipa e sabemos o que é o clube, mas, mais importante do que atirar para o ar objetivos classificativos, é construir uma base que permita que o Sporting seja uma equipa competitiva e tenha uma estrutura de trabalho a partir deste momento.»
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Por isto, disse o treinador leonino, o trabalho feito até este momento tem sido bom.
«Faço um balanço positivo. O primeiro objetivo era avaliar o plantel, temos 12 jogadores que transitam do plantel anterior, temos seis que regressam de empréstimos e temos mais meia-dúzia que subiram da equipa B», lembrou.
«Fizemos essa análise, criámos identificação das ideias de jogo e trabalhámos a base técnico-tática do que será a equipa, por isso faço um balanço positivo.»
Jardim explicou também que «mais importante do que se falar em 4x3x3 ou 4x4x2 é ter um modelo que crie uma dinâmica positiva».
Ainda assim, o treinador esclareceu que «a base parte do 4x3x3» e será aplicável também à equipa B. «Mais do que os números é importante criar dinâmicas, para se potencializar ao máximo as características dos nossos jogadores e também os da B», concluiu sobre esta matéria.