<b>Jesualdo Ferreira, treinador do Sp. Braga, comentou assim a derrota frente ao Nacional da Madeira na sétima jornada da Liga:</b>  

«É um dia para lembrar. Recordo à equipa e aos adeptos que perdemos um jogo mas a confiança no nosso trabalho vai no sentido de conquistar resultados e fazer crescer este grupo. Estes são jogadores novos, temos muita gente que vem de várias culturas e que chega aqui e tem de ganhar. Esta é a cultura do Braga e ainda bem que é assim. A mensagem que já passei aos jogadores é de confiança. Cometemos erros que não podem voltar a acontecer num futuro próximo. Esses erros acabaram por escrever o resultado. Conhecíamos a estratégia do Nacional e sofrermos um golo nos primeiros minutos obrigou-nos a expor-nos mais do que estávamos a fazer e deixou os jogadores adversários com mais espaço para explorar. Tivemos outro erro que resultou em mais golos e sentenciou o resultado. Nestas circunstâncias não é muito fácil mudar rumos que já estavam viciados pelos nossos erros».

«Esses erros são resultado do crescimento dos jogadores e das alterações constantes que têm existido e que nos obrigam a fazer adaptações na nossa estratégia e na organização tática que tira fluidez ao nosso jogo e alguma confiança. São estes resultados que obrigam, por vezes, os jogadores a perceber que cada minuto do jogo exige um máximo de concentração».

«O mérito do Nacional foi saber explorar os nossos erros. Fomos uma equipa que procurou impor o seu jogo deu ao adversário a possibilidade de jogar como gosta e os erros que cometemos não são admissíveis. Eles nasceram de falta de alguma experiência, de cumprimento de algumas regras táticas que nascem da rotina e do trabalho. Paga-se caro quando em determinando momento cometemos outro erro e, a partir daí, o jogo fica sentenciado».

«Até este jogo tínhamos quatro golos de bola e dois de bola corrida. Não vale a pena escrevermos com letra grande e preta o que é o futuro. Temos a consciência clara que temos trabalhar porque estes jogadores são novos e para serem mais fortes têm de perceber que algumas nuances do jogo são decorrentes do nosso trabalho e das exigências de um clube como o Braga. Não custa perceber que se tivermos de ajustar a equipa durante os jogos, como já aconteceu mais de uma vez, e correr grandes riscos, isso pode reforçar o espírito de sacrifício, mas retira alguma serenidade e força que são fundamentais para gerir o jogo».