As limitações impostas pela inexistência de perguntas permitiram que Jesualdo Ferreira se apresentasse com uma declaração apenas. Um discurso curto, estudado e que quase vazio de emoção. Todas as palavras estavam estudadas e cuidadosamente escolhidas. Não houve, por isso, promessas de título. Houve apenas a manifestação de uma enorme vontade de trabalhar e a revelação do sonho de dias felizes. Guardadas para o fim. «As minhas últimas palavras são para os associados do F.C. Porto», introduziu. «Para lhes dizer que vamos trabalhar muito, que vamos empenhar-nos muito e que vamos seguramente viver grandes vitórias num clima de grande alegria».
O novo treinador portista diz-se consciente das suas obrigações e pronto para responder por elas. «A avaliação do nosso trabalho, num clube que ganha e que joga sempre para ganhar, vai ser permanente, por isso vamos ter um grande empenho, um grande profissionalismo e uma dedicação total àquilo que são os objectivos do F.C. Porto», frisou. «Vou tomar maior conhecimento do que é o F.C. Porto e os seus jogadores através do diálogo com os meus colaboradores, vou fazer análises frias e seguras do que é o passado recente do clube e sobretudo vou projectar o futuro na base das vitórias que todos nós perseguimos, e que eu persigo mais do que tudo».