Jorge Jesus e Pedro Emanuel falaram à reportagem da SporTV após o Benfica-Académica. Jesus criticou a estratégia dos estudantes e falou em anti-jogo do princípio ao fim. O treinador do Benfica não tinha uma opinião ainda feita sobre o penalty, mas pediu mais um, eventualmente cometido por Hélder Cabral. Pedro Emanuel falou a seguir e respondeu ao técnico.

Jorge Jesus (treinador do Benfica):

«Não penso nas ausências. Jogámos contra uma equipa que não quis jogar e que não fez um remate. A Académica passou 95 minutos a defender o 0-0, a fazer anti-jogo. Até posso perceber isso. O Benfica foi lúcido e não entrou em ansiedade. Um golo aos 90 minutos vale a mesma coisa do que um no primeiro».

«Já tinha havido um penalty aos 48 minutos numa bola que o Cabral tirou com a mão. A Académica pôs-nos o jogo difícil. Achou que o melhor estilo para defender o resultado era esse. Enfim, fez o que o seu treinador achou melhor».

[Sobre o penalty decisivo]

«Ainda não vi as imagens do penalty. Mas não tenho dúvidas que o do Cabral era. Na do golo parece-me que o Nico ganha a posição e depois foi impedido de fazer a finalização».

«Os adeptos levaram-nos para a vitória. Nos 15 minutos foram eles que nos empurraram. O que se passou no fim? Com a emoção do jogo, mais palavra para lá e para cá, o que interessa?»

Pedro Emanuel (treinador da Académica):

«Anti-jogo? Tenho a minha opinião e jogámos com os nossos argumentos: rigor, critério e organização. Cortámos linhas de passes interiores, raramente fomos apanhados em contrapé e nunca levámos com bolas nas costas porque baixámos as linhas. Saber defender bem é uma arte.»

«O jogo foi interessante. O Benfica tentou desbloquear a nossa estratégia. Fomos corajosos e determinados».

[Sobre o penalty]

«Não falo de arbitragem, mas ganhar no primeiro ou ganhar no último minuto de penalty não é a mesma coisa. Mesmo que seja penalty. Anti-jogo? Que os árbitros tenham coragem de dar 15 minutos de descontos, se estivermos a fazê-lo».