Jorge Jesus analisou, esta quinta-feira, o encontro com o Cinfães, na estreia dos encarnados na edição desta época da Taça de Portugal. O treinador admite alterações, mas a principal razão não passa pelo próximo compromisso na Liga dos Campeões.

«Estas duas semanas têm nuances diferentes. Houve jogos de seleção na sexta e na terça-feira. Face às viagens deles, e uns ainda nem chegaram, temos de pôr a sua situação em cima da mesa. Não é poupá-los por causa da Champions, mas não lhes dar tanta carga de treino e competição. É natural que faça alguma alteração, não por causa da Champions, mas por causa das seleções», afirmou o técnico.

O responsável não quis abrir o jogo sobre o próximo onze, nem sobre uma eventual aposta em Ivan Cavaleiro, que tem estado em bom plano na equipa e na Seleção sub-21. «A Taça de Portugal é histórica para muitos clubes. Na Taça de Portugal e na Taça daLiga todos têm ambição de chegar à final. E se não tiverem essa ambição, todos querem ser surpresa contra equipas grandes. Queremos passar a eliminatória, respeitando o Cinfães. Ivan Cavaleiro? Com Ivan Cavaleiro ou sem ele, o importante é que possamos montar uma equipa de forma a que tenhamos capacidade para passar a eliminatória.»

Jesus não adiantou nomes, mas confirmou que vai haver mudança na baliza, uma alteração constante na primeira eliminatória que o Benfica realiza na prova, desde que o técnico se mudou de Braga para a Luz.

«A baliza não passará por Artur, a não ser que haja algum problema. Oblak ou Paulo Lopes? Um deles joga», assumiu.

Questionado sobre se é mais difícil motivar os jogadores para estas partidas, Jesus abordou o lado prático da coisa.

«Em todas as competições, os jogadores têm de estar motivados, é a profissão deles. Mas na prática não é assim. Por exemplo, na Champions todos os jogadores do mundo estão motivados. São pontos que temos de trabalhar», indicou.

«A Taça de Portugal é uma prova de grande responsabilidade. O facto de ser com o Cinfães não nos retira responsabilidade. É o Cinfães e podemos jogar com várias alternativas. É verdade que às vezes os descuidos dão surpresas, porque se pensa que pode ser mais fácil. Mas nós treinadores passamos isso constantemente para os jogadores», declarou.